SŪRATU AL-ʼAᶜRĀF[565]
(A SURA DE AL-ʼAᶜRĀF)
De Makkah - 206 versículos.
PT: SŪRATU AL-ʼAᶜRĀF[565]
(A SURA DE AL-ʼAᶜRĀF)
De Makkah - 206 versículos.
(1) Al AᶜRaf: plural da palavra urf, que significa, entre outras cousas, o simo de qualquer elevação do solo; tudo o que sobressai de uma cousa. No Alcorão, este vocábulo designa o píncaro da muralha divisória entre o Paraíso e o inferno. Acresça-se que esta muralha pode ou não ser material e não impede que se ouçam ecos das vozes dos que ficam em cada um dos lados, que ela separa. No píncaro desta muralha, encontram-se os que podem ver tanto os habitantes do Paraíso, quanto os do Inferno, com os quais se comunicam, ora com escárnio, quando com estes últimos, ora com afabilidade, quando com os primeiros. A sura, assim, se denomina, pela dupla menção desta palavra nos versículos 46 e 48. É a mais longa sura revelada em Makkah, e, como todas aí reveladas, trata dos assuntos básicos do Islão, tais como: a Mensagem, a Ressurreição e a recompensa no Dia do Juízo. Além disso, há relatos minuciosos da história de vários profetas e seus povos. É notável na apresentação da gênese do mundo, quando não deixa de fazer menção da história edênica e da tentação satânica sobre Adão e Eva. Outra vez, faz-nos atentar para os fenômenos do Universo, como prova da incontestável soberania de Deus. Finalmente, admoesta o incréu do nefasto fim dos que se voltam para Satã, e convida o crente para ser humilde e temeroso nas preces e no amor a Deus.
PT: 83. Então, salvamo-lo e a sua família, exceto sua mulher, que foi dos[599] que ficaram para trás.
(1) Os que ficaram para trás traduz a palavra al ghabirin, que, segundo alguns exegetas, se refere aos condenados que ficaram na cidade e foram destruídos junto com ela.
PT: 85. E, ao povo de Madian[601], enviamos seu irmão Chuaib[602]. Disse: "Ó meu povo! Adorai a Allah; não tendes outro deus que não seja Ele. Com efeito, chegou-vos uma evidência de vosso Senhor. Então, completai, com eqüidade, a medida e o peso, e não subtraias das pessoas suas cousas, e não semeeis a corrupção na terra, depois de reformada. Isso vos é melhor, se sois crentes."
(1) Madian: região da Arábia Saudita, ao norte da Península, entre o golfo de Aqabah, ao norte, e Yanbu e Al Madinah, ao sul. É a terra do profeta Chuaib. (2) Segundo este versículo, Chuaib trazia, também, um sinal profético, embora não especificado, no Alcorão.
PT: 86. "E não fiqueis à espreita, em cada senda, ameaçando e afastando do caminho de Allah os que nEle crêem, e buscando torná-lo tortuoso. E lembrai-vos do tempo em que éreis poucos, e Ele vos multiplicou. E olhai como foi o fim dos corruptores."
PT: 87. "E, se há, entre vós, uma facção que crê naquilo com que fui enviado, e uma facção que não crê, pacientai, até que Allah julgue entre nós. E Ele é O Melhor dos juízes"
PT: 88. Os dignitários de seu povo, que se ensoberbeceram, disseram: "Em verdade, far-te-emos sair, ó Chuaib, e aos que crêem contigo, de nossa cidade ou regressareis a nossa crença." Ele disse: "E ainda que a odiássemos?
PT: 89. "Com efeito, forjaríamos mentiras acerca de Allah, se regressássemos a vossa crença, após Allah haver-nos livrado dela. E não nos é admissível regressarmos a ela, a menos que Allah, nosso Senhor, o queira. Nosso Senhor abrange todas as cousas, em ciência. Em Allah confiamos. Senhor nosso! Sentencia, com a verdade, entre nós e nosso povo, e Tu és O Melhor dos sentenciadores."
PT: 93. Então, Chuaib voltou-lhes as costas e disse: "Ó meu povo! Com efeito, transmiti-vos a mensagem de meu Senhor e aconselhei-vos. Então, como afligir-me com um povo renegador da Fé?"
PT: 95. Em seguida, trocamo-lhes o mal pelo bem, até se multiplicarem e dizerem: "Com efeito, o infortúnio e a prosperidade tocaram a nossos pais." Então, apanhamo-los, inopinadamente, enquanto não percebiam.
PT: 96. E, se os habitantes das cidades houvessem crido e houvessem sido piedosos, haver-lhes-íamos facultado bênçãos do céu e da terra; mas desmentiram os Mensageiros; então, apanhamo-los pelo que cometiam.
PT: 100. E não é notório, aos que herdaram a terra após o aniquilamento de seus habitantes que, se quiséssemos os alcançaríamos, por seus delitos, e selar-lhes-íamos os corações, então não ouviriam?