SŪRATU AL-AHQAF[1928]
(A SURA DE AL-AHQAF)
De Makkah - 35 versículos.
PT: SŪRATU AL-AHQAF[1928]
(A SURA DE AL-AHQAF)
De Makkah - 35 versículos.
(1) Ahqaf: plural de hiqf, nome do vale, em que habitava o povo de Ad. Etimologicamente, significa colina de areia, sinuosa e extensa. Esta sura, assim, se denomina pela menção dessa palavra no versículo 21. Inicialmente, ela declara que o Alcorão é revelação de Deus, O Sábio Criador dos céus e da terra; deplora, a seguir, a vã atitude dos idólatras, apegados a ídolos sem poderes, e salienta que o Profeta Muhammad transmite mensagem idêntica às dos mensageiros precedentes, e não algo inédito; sublinha o valor dos pais, que os filhos devem venerar; cita, ainda, cenas do Dia do Juízo e narra histórias do povo de Ad, assim como o castigo que os atingira, por haverem desmentido seus mensageiros. Finalmente,relata a história de alguns jinns que, admirados com a leitura do Alcorão, passaram a convencer seu povo a aceitar esta Mensagem divina, pois era continuação e confirmação dos livros divinos anteriores. A exortação feita ao Profeta, para que seja firme e paciente, encerra a sura.
PT: 21. E menciona o irmão[1950] de Ad, quando admoestou seu povo, em Al-Ahqaf[1951] - enquanto, com efeito, haviam passado os admoestadores adiante dele e detrás dele - dizendo: "Não adoreis senão a Allah. Por certo, temo, por vós, o castigo de um formidável dia."
(1) O Profeta Hud. (2) Nome do vale, em que habitava o povo de Ad. Cf. XLVI 1 n1.
PT: 24. Então, quando o viram, como nuvem, que se dirigia a seus vales, disseram: "Isto é uma nuvem prestes a trazer-nos chuva." Ao contrário! É o[1954] que apressastes: um vento em que há doloroso castigo.
PT: 25. Ele profliga todas as cousas, com a ordem de seu Senhor; então, amanheceram mortos: não se viam senão suas vivendas. Assim, recompensamos o povo criminoso.
PT: 26. E, com efeito, empossamo-los naquilo[1955] em que vos[1956] não empossamos. E fizemo-lhes ouvido e vistas e corações. E de nada lhes valeram seu ouvido nem suas vistas nem seus corações, pois negavam os sinais de Allah; e envolveu-os aquilo de que zombavam.
(1) Naquilo: em força e riqueza. (2) Vos: os idólatras de Makkah.
PT: 28. Então, que os que eles tomaram por deuses, além de Allah, como meio de aproximação dEle, os houvessem socorrido! Ao contrário, eles sumiram para longe deles. Essa foi sua mentira e o que forjavam.
PT: 29. E lembra-lhes de quando dirigimos a ti um pequeno grupo de jinns, para ouvirem a leitura do Alcorão. E, quando a presenciaram, disseram: "Escutai!" Então, quando foi encerrada, retiraram-se a seu povo, admoestando-o.
PT: 30. Disseram: "Ó nosso povo! Por certo, ouvimos um Livro, que foi descido depois de Moisés, que confirma o que havia antes dele; ele guia à verdade e a uma vereda reta."
PT: 32. "E quem não atender ao convocador de Allah, não escapará ao castigo, na terra, e não terá protetores, além dEle. Estes estarão em evidente descaminho."
PT: 33. E não viram eles que Allah, Que criou os céus e a terra, e não Se extenuou com sua criação, é Poderoso para dar a vida aos mortos? Sim! Por certo, Ele, sobre todas as cousas, é Onipotente.
PT: 34. E, um dia, quando forem expostos ao Fogo os que renegam a Fé, dir-se-lhes-á: "Não é esta a Verdade?" Dirão: "Sim, por nosso Senhor!" Ele dirá: "Então, experimentai o castigo, porque renegáveis a Fé"
PT: 35. Então, pacienta[1959], como pacientaram os dotados de firmeza, entre os Mensageiros, e não lhes apresses o castigo. Um dia, quando virem o que lhes foi prometido, estarão como se não houvessem permanecido, nos sepulcros, senão por uma hora de um dia. Ele[1960] é transmissão da Verdade. Então, não será aniquilado senão o povo perverso?
(1) Referência a Noé, que suportou os vitupérios de seu povo; a Abraão, que não titubeou em sacrificar a seu filho; a Jacó, que sofreu, estoicamente, a perda de seu filho José, que suportou a prisão; a Jó, que pacientou sempre, mesmo em meio a tantos infortúnios; a Moisés, que liderou um povo rebelde; a Davi, que sofreu, por 40 anos, o remorso de pecar; e a Jesus, que desdenhou os bens materiais, mesmo em meio a tantas tentações. (2) Ele: o Alcorão.