SŪRATU AL-ANBIYĀʼ[1215]
(A SURA DOS PROFETAS)
De Makkah - 112 versículos.
PT: SŪRATU AL-ANBIYĀʼ[1215]
(A SURA DOS PROFETAS)
De Makkah - 112 versículos.
(1) Al Anbiya : é plural da palavra nabiy, profeta, derivada do verbo anbaa, que significa informar. E o Profeta é o que informa os homens das verdades divinas. Assim, denomina-se esta sura, por relatar, de forma variável, quanto aos pormenores, episódios atinentes a inúmeros profetas: Abraão, Noé, Moisés, Aarào, Lot, Ismael, Idris, Zul-Kifl, zun-Nun, Zacarias, João e Jesus. E, como todas as suras reveladas em Makkah, esta trata do assunto da crença, em seus aspectos básicos: a unicidade de Deus, a Mensagem Divina e a Ressurreição. Além disso, apresenta os fenômenos universais, para evidenciar a grandeza do Criador dos céus e da terra, do dia e da noite, do sol e da lua, reiterando que a origem de todo ser vivo está na água. Trata, outrossim, da questão da bem-aventurança e da má aventurança, dos benfeitores e dos malfeitores.
PT: 84. Então, atendemo-lo[1254] e removemo-lhe o que tinha de mal. E concedemo-lhe, em restituição, sua família e, com ela, outra igual por misericórdia de Nossa parte e por lembrança para os adoradores.
(1) Jó recebeu de volta sua mulher e seus filhos e, ainda, teve com ela, outros tantos filhos mais.
PT: 87. E Zan-Nūn[1256] quando se foi, irado, e pensou que não enviaríamos castigo contra ele; então, clamou nas trevas: "Não existe deus, senão Tu! Glorificado sejas! Por certo, fui dos injustos."
(1) Zun Nun: companheiro da baleia, epíteto de Jonas, que, assim, era conhecido, por haver sido engolido por uma baleia (nun), conforme nos relata a tradição islâmica. Enviado, como profeta, a uma cidade, Jonas convocou seus habitantes a adorarem a Deus, mas eles desobedeceram, e isto o enfadou. Impacientado com a recalcitrância deles, Jonas saiu da cidade, imaginando encontrar, na imensidão da Terra, outro lugar para sua pregação, sem recear que Deus pudesse condená-lo por isso. Ao aproximar-se do mar e pretendendo evadir-se da cidade, entrou em um barco, que lá se encontrava, lotado de passageiros. Assim que o barco partiu, o barqueiro, para aliviar a carga, decidiu que teria de livrar-se de um dos passageiros, para pôr a salvo os demais. Fez um sorteio e Jonas foi o escolhido para ser arremessado ao mar. Feito isso, foi ele engolido por uma baleia. Imerso na escuridão das trevas da noite, do mar e do interior do animal, Jonas, aflito, invocou a Deus, exclamando: "Não existe Deus senão Tu! Certamente, fui dos iníquos!" Deus, então, atendeu-lhe a prece e fez a baleia expeli-lo nas praias próximas da cidade, onde deveria haver permanecido. E, assim, Jonas foi salvo. Vide XXXVII 139- 148, e Bíblia, Jonas II 1-10.
PT: 90. Então, atendemo-lo e dadivamo-lo com Yahia, João, e tornamos fecunda sua mulher. Por certo, eles[1257] se apressavam para as boas cousas e Nos invocavam com rogo e veneração. E foram humildes coNosco.
(1) Eles: todos os profetas mencionados nesta sura.
PT: 95. E não é permissível a uma cidade que aniquilamos que não retorne.[1259]
(1) A recompensa das obras se fará no Dia do Juízo, mesmo que parte dela haja sido feita na vida terrena. Portanto, o povo das cidades aniquiladas, em virtude de seus pecados, voltará a existir, indubitavelmente, neste Dia, para o ressarcimento de sua recompensa total. É inadmissível seu retorno.
PT: 97. E a verdadeira Promessa aproxima-se; então, eis estarrecidas as vistas dos que renegaram a Fé. Dirão: "Ai de nós! Com efeito, estávamos em desatenção a isso; aliás, fomos injustos!"