SŪRATU TĀHĀ[1172]
(A SURA DE TĀHĀ)
De Makkah - 135 versículos.
PT: SŪRATU TĀHĀ[1172]
(A SURA DE TĀHĀ)
De Makkah - 135 versículos.
(1) Ta, Ha; nomes de duas letras árabes correspondentes aproximadas, em português, às letras t e h. Acerca de seu significado, ver II I n3. Assim, denomina-se a sura, pela menção dessas letras em seu primeiro versículo, a qual se inicia por palavras dirigidas ao profeta Muhammad, que o lembram de que o Alcorão não foi revelado, para causar-lhe fadiga. Lembram-no, também, de que o Alcorão foi revelado por Deus, Que criou os céus e a terra, e Que tudo conhece. A seguir, há menção da história de Moisés e sua mensagem, do episódio dos filhos de Israel, quando da adoração do bezerro, logo após a saída do Egito; do diálogo entre Deus e Moisés e entre este e Faraó; do desafio entre Moisés e os feiticeiros. Há breve referência sobre a história de Adão e do perdão de Deus, após o pecado. Finalmente, há recomendação ao Profeta para que paciente, ore e oriente a todos na boa conduta.
PT: 81. "Comei das cousas benignas, que vos damos por sustento, e não cometais transgressão; senão, Minha ira cairia sobre vós. E aquele, sobre quem Minha ira cai, se abismará, de fato, na Geena."
PT: 85. Allah disse: "Por certo, Nós, de fato, provamos teu povo, depois de ti, e As-Sãmiriy[1187] descaminhou-os."
(1) As- Sãmiriy: um dos seguidores da crença mosaica. Por haver pertencido a um povo que adorava bezerros, foi insincero, em relação à sua fé, e, na ausência de Moisés, induziu o povo à taurolatria.
PT: 86. Então, Moisés retornou a seu povo, irado, pesaroso. Disse: "Ó meu povo! Vosso Senhor não vos prometeu bela promessa[1188]? Será que a aliança tornou-se longa para vós? Ou desejastes que caísse sobre vós ira de vosso Senhor, então faltastes à minha promessa?"[1189]
(1) A Promessa de Deus consistia em protegê-los, para levá-los à Terra Prometida e, antes de tudo, ofertar-lhes a Tora, com Sua Lei e Mandamentos. (2) Ou seja, Moisés indaga ao povo se, afinal, foi tão longo o espaço de tempo entre sua ida ao Monte e seu retorno, para que o povo, em sua ausência, se impacientasse e se comportasse com irreverência.
PT: 87. Disseram: "Não faltamos à tua promessa, por vontade nossa, mas fizeram-nos carregar fardos de ornamentos do povo[1190]; então, deitamo-los[1191] ao fogo e, assim, também, lançou-os[1192] As-Sãmiriy."
(1) Trata-se dos ornamentos dos egípcios, que os filhos de Israel lhes haviam pedido emprestado, a fim de se adornarem para uma festa de casamento. Estes ornamentos acabaram ficando com eles, até o êxodo. (2) Los: os ornamentos foram lançados ao fogo. (3) Os: os ornamentos que possuía As-Sâmiriy, além do pó que recolheu das pegadas deixadas pelo cavalo do anjo Gabriel.
PT: 88. Então ele lhes fez sair um bezerro[1193], um corpo que dava mugidos, e disseram[1194] : "Este é vosso deus e o deus de Moisés." Então, ele[1195] esqueceu a verdade.
(1) Ou seja, fez sair do fogo o bezerro fundido com os metais dos ornamentos. (2) Ou seja, As-Sãmiriy e seus prosélitos. (3) As-Sãmiriy esqueceu-se de que Deus jamais pode ser um bezerro.
PT: 90. E, com efeito, antes, Aarão dissera-lhes: "Ó meu povo! Apenas, sois provados por ele[1197]. E, por certo, vosso Senhor é O Misericordioso; então, segui-me e obedecei-me a ordem."
PT: 94. Aarão disse: "Ó filho de minha mãe! Não me apanhes pela barba nem pela cabeça. Por certo, receei que dissesses: 'Causaste separação entre os filhos de Israel, e não observaste meu dito!' "
قَالَ فَمَا خَطْبُكَ يَا سَامِرِيُّ
95
PT: 95. Moisés disse: "Qual foi teu intuito, ó Sãmiriy?"
PT: 96. Ele disse: "Enxerguei o que eles não enxergaram; então, apanhei um punhado de pó das pegadas do Mensageiro[1199] e deitei-o[1200]. E, assim, minha alma me aliciou a fazê-lo."
(1) Mensageiro: o anjo Gabriel. (2) Ou seja: As-Sãmiriy deitou o punhado de pó ao bezerro.
PT: 97. Moisés disse: "Então vai e, por certo, hás de dizer, na vida: 'Não me toques !' E, por certo, terás tempo prometido, ao qual não te farão faltar.[1201] E olha para teu deus, a quem permaneceste cultuando; na verdade, queimá-lo-emos[1202]; em seguida, espalhá-lo-emos na onda, totalmente."
(1) Em punição, As-Sãmiriy foi condenado a viver em isolamento, por toda a vida. e, para assegurar esta condenação, sempre que se aproximasse de alguém, seu corpo se incendiaria com o contato. Assim, devia evitar a aproximação de quem quer que fosse. (2) Lo; o bezerro reduzido a cinzas.