A Biblioteca de Bagdá
(Universidade Islâmica Avançada)
Dr. Ragueb El Serjani
Tradução: Sh. Ahmad Mazloum
As bibliotecas científicas islâmicas tiveram influência significativa sobre o crescimento e desenvolvimento da civilização humana, até que esta apareceu em sua imagem atual. Mas uma das mais famosas bibliotecas, sem dúvida, foi: a biblioteca “Casa da Sabedoria” em Bagdá, que foi o maior local de conhecimento do mundo sem o menor exagero, e um dos tesouros científicos produzidos pelo pensamento islâmico no passado, juntamente com outras bibliotecas em outros países islâmicos. Embora seu papel tenha caído no esquecimento, foi equivalente a uma universidade científica internacional, um destino para os estudantes de diferentes raças e religiões do Oriente e do Ocidente para estudar várias disciplinas da ciência em vários idiomas. Sua luz permaneceu iluminando o caminho para a humanidade por aproximadamente cinco séculos, até que foi destruída pelos tártaros.
A Biblioteca de Bagdá foi fundada pelo califa abássida Abu Já’afar Al-Mansur, em Bagdá, a capital do califado abássida. O califa Abu Já’afar Al-Mansur estabeleceu um edifício separado onde ele colecionava livros preciosos e raros, alguns escritos em árabe, e outros traduzidos para o árabe de diferentes idiomas. Quando o califa Harun Al-Rashid (governou de 170-193 d.H.), que foi um dos maiores e mais citado califa abássidas na história, tomou posse, ele se empenhou em restaurar os livros e manuscritos escritos e traduzidos - que eram mantidos no Palácio do Califado depois de terem sido amontoados uns sobre os outros -, em reorganizá-los e colocá-los em um prédio separado adequado para acomodar o maior número de livros e estar aberta a todos os estudiosos e alunos. Assim, ele estabeleceu uma espaçosa casa, para a qual ele transferiu todos estes tesouros inestimáveis e chamou esta casa de “Bait Al Hikmah” (A Casa da Sabedoria), em reconhecimento à sua nobre missão, que se desenvolveu mais tarde e se tornou a mais famosa academia científica conhecida na história[1]. O maior desenvolvimento ocorrido na Biblioteca de Bagdá foi durante o reinado do califa Al-Ma’mun, que conseguiu trazer até ela os grandes tradutores, escribas, e autores estudiosos. Ele também enviou missões científicas para o Império Romano. E isso teve o maior impacto sobre o crescimento desta universidade científica única[2].
Assim, a Casa da Sabedoria surgiu como uma biblioteca particular, e depois se tornou um centro de tradução. Em seguida, um centro de pesquisa e escrita, e, em seguida, uma instituição de ensino onde se realizavam aulas e havia a concessão de graus acadêmicos. Mais tarde, um observatório astronômico foi anexado a ela. Portanto, esta Casa foi dividida em várias seções:
A Biblioteca:
A seção de biblioteca é encarregada de recolher os livros de todo o mundo, organizando-os em prateleiras e manipulando-os a quem solicitar. Uma seção de escrita e encadernação foi anexado à seção de biblioteca para encadernação, cópia e reparação dos livros. As maneiras de fornecimento de livros para a Casa da Sabedoria eram muitas, entre elas: a compra. O califa Al-Ma’mun enviava missões para a Constantinopla para trazer livros de todos os tipos e, às vezes, ele mesmo viajava para comprar livros e enviá-los para a Casa da Sabedoria. Outra forma era a concessão. Os califas enviavam delegações a países estrangeiros, que os presenteavam com livros que eles possuíam. Às vezes, Al-Ma’mun aceitava jiziah (imposto dos não-muçulmanos que vivem em um território islâmico) em livros de quem deveria pagá-la! Ele também trazia centenas de escribas, comentaristas e tradutores de todas as línguas para a arabização dos livros das suas línguas originais. Entre estas maneiras, também temos a criação e autoria. Assim, havia diferentes formas de obtenção de livros para suprir a biblioteca com um número e qualidade sem precedentes na história.
Quanto às missões científicas, o califa Al-Ma’mun escreveu ao rei bizantino pedindo sua permissão para enviar o que ele tinha de patrimônio armazenado sobre as ciências gregas. A tradição bizantina proibia a leitura de tais livros. O imperador bizantino recusou, mas depois aceitou enviar este patrimônio. E assim, Al-Ma’mun enviou uma missão científica, designou muitos tradutores, designou como chefe dessa delegação o chefe da Casa da Sabedoria. A missão visitou muitos lugares que eram suspeitos de armazenar livros gregos antigos e retornou carregada com livros raros em filosofia, engenharia, medicina, astronomia e outras ciências. Al-Ma’mun também enviou mensagens a outros reis contemporâneos, pedindo-lhes para que permitam às suas delegações a exploração e a pesquisa de livros nos armazéns antigos. Uma divertida história é contada a esse respeito: uma dessas missões científicas encontrou caixas em uma antiga fortaleza na Pérsia. As caixas continham uma grande quantidade de livros de cheiro podre. Os homens da missão realizada levaram estas caixas para Bagdá, onde permaneceram um ano inteiro até que os livros secaram e o cheiro desapareceu. Depois, eles estudaram o seu conteúdo![3]
Centro de Tradução:
Uma grande quantidade de livros antigos se acumulou para o califa Al-Ma’mun, então ele formou um conselho de hábeis tradutores, comentaristas e copiadores dos manuscritos para supervisionar a restauração dos livros e sua tradução para o árabe. Ele também designou para cada língua uma pessoa seja responsável por supervisionar os tradutores do patrimônio daquele idioma, e lhes concedeu grandes salários. Alguns deles ganhava 500 dinares por mês[4], (o equivalente a aproximadamente dois quilos de ouro)!
Foi atribuída à seção de tradução a tarefa de traduzir os livros de diferentes idiomas para o árabe, e às vezes, do árabe para outros idiomas. Os funcionários desta seção diferiam dos bibliotecários em suas qualificações científicas e administrativas. Entre estes funcionários: Yohanna ibn Masawaiyh, Jibril ibn Bakhtishu[5] e Hunain ibn Ishaq, que foi enviado em uma viajem para as terras romanas para dominar a língua grega. Os livros estrangeiros eram trazidos para a biblioteca e eram traduzidos dentro dela, e havia alguns tradutores que traduziam fora da biblioteca e forneciam as suas traduções para a biblioteca. O califa Al-Ma’mun concedia recompensas generosas para os tradutores, a ponto de chegar a pagar o peso do livro traduzido em ouro[6].
Ibn Al-Nadim citou em seu livro Al-Fihrist (A Bibliografia) dezenas de nomes de pessoas que estavam traduzindo dos idiomas indiano, grego, persa, siríaco e idioma nabateu. Os tradutores não apenas traduziam para o árabe, mas também para outras línguas vivas e disseminadas na comunidade muçulmana, de modo a beneficiar todos os cidadãos que vivem nos países muçulmanos, independente de suas raças. Às vezes, alguns tradutores traduziam a fonte original para a sua própria língua, e em seguida, outro tradutor passava esta obra para o árabe e para outras línguas. Assim fazia Ibn Masawaiyh, que traduzia em siríaco, e depois delegava a outro traduzir o material para o árabe, conservando sempre o original após a sua manutenção e encadernação[7].
Quem pesquisa os índices bibliográficos que foram transferidos desta biblioteca, encontra muitas referências que mostram que muitos desses livros têm outras cópias em idioma nabateu, copta, siríaco, persa, indiano e grego. Ao traduzir essa herança ameaçada de extinção, os eruditos muçulmanos, prestaram um grande serviço à humanidade. Não tivessem os estudiosos muçulmanos feito esse esforço, as pessoas nos tempos modernos não saberiam nada sobre as antigas e valiosas obras gregas e indianas. Isso porque em muitos países de onde tais livros antigos foram trazidos, era proibida a leitura desses livros, eles eram queimados quando encontrados. Os romanos, por exemplo, queimaram 15 himl (quantidades de cavalo) dos livros do famoso cientista grego Arquimedes[8].
É claro que o papel desses estudiosos não se limitou à tradução, eles comentaram e interpretaram as teorias destes livros, as transferiram – como vimos anteriormente - para o campo da aplicação, completaram sua deficiência, e corrigiram os seus erros. O trabalho deles foi muito parecido com o que é conhecido como “edição de livros clássicos” nos dias de hoje, como é entendido nos comentários de Ibn al-Nadim sobre alguns desses livros[9].
Em seu livro, Tabaqat Al Umam (Camadas das Nações), Al-Qadi Sa`id Al-Andalusi declarou as fases do processo de tradução na Casa da Sabedoria, e a atenção do califa Al-Ma’mun com esta magnífica biblioteca. Ele disse:
Quando o califado chegou ao sétimo califa (abássida), Abdullah Al-Ma’mun ibn Harun Al-Rashid, ele completou o que foi iniciado por seu avô, Al-Mansur. Ele estava interessado em adquirir o conhecimento na fonte, graças ao seu entusiasmo honroso e seu espírito virtuoso. Ele enviou presentes preciosos aos imperadores bizantinos e
pediu-lhes para lhe enviar os livros dos filósofos. Assim, eles enviaram-lhe os livros disponíveis de Platão, Aristóteles, Hipócrates, Galeno, Ocladius, Ptolomeu e outros filósofos. Contratou os mais hábeis tradutores e os encarregou de traduzir os livros de forma pontual. Então eles foram traduzidos da maneira mais perfeita possível. Então, ele incentivou as pessoas a ler e aprender e, assim, o conhecimento foi promovido e divulgado em sua época. Portanto, o Estado da sabedoria se construiu em sua época. Os intelectuais competiam entre si na aquisição de conhecimentos, uma vez que viam na ciência uma aproximação do califa e uma grande virtude. Ele realizava sessões privadas com eles (acadêmicos) e gostava de ouvir seus debates, desta maneira, eles tinham uma posição de destaque em sua audiência.[10]
Esta citação de Al-Qadi Sa`id Al-Andalusi mostra que o califa Al-Ma’mun estabeleceu uma academia especial para traduzir várias ciências, e foi capaz de trazer os grandes tradutores de todo o mundo. Ele contratou Abu Yahya ibn Al-Batriq, um cientista grego, bem como Hunain ibn Ishaq, e fazia parte da equipe de tradução o famoso cientista Ibn Masawaiyh[11].
Até o final do governo de Al-Ma’mun, a maioria dos livros gregos e persas e outros livros antigos de matemática, ciência, astronomia, medicina, química e engenharia já existiam em uma nova versão árabe na Casa da Sabedoria. Will Durant, em seu livro História da Civilização citou que: “os muçulmanos herdaram dos gregos a maioria das ciências herdadas dos mais antigos. A Índia ficou em segundo lugar depois da Grécia”[12].
Centro de Pesquisa e Autoria:
Este foi um dos mais importantes afluentes da biblioteca, onde os autores escreveram livros exclusivamente para a biblioteca. Esses autores fizeram isso como parte de seu trabalho na autoria e pesquisa na biblioteca ou realizavam seus trabalhos fora da biblioteca e os ofereciam a ela. Os autores recebiam recompensas generosas do califa[13]. Até mesmo os escribas da Casa da Sabedoria eram selecionados segundo critérios específicos, de modo a evitar qualquer confusão. Um acadêmico do terceiro século chamado Allan Al-Shu`uby era um escriba na Casa da Sabedoria para Al-Rashid e para Al-Ma'mun[14].
Observatório Astronômico:
Al-Ma’mun estabeleceu um observatório no distrito de Al-Shammasiyah, perto de Bagdá. Foi filiado à Casa da Sabedoria. O objetivo do observatório foi ensinar a astronomia na prática - ou seja, os alunos puderam aplicar o que aprenderam das teorias científicas. Este observatório empregava cientistas da astronomia, geografia, matemática[15], como a Al-Khawarizmi, os filhos de Mussa ibn Shakir, Al-Biruni. Neste observatório, Al-Ma’mun conseguiu calcular a circunferência da Terra com o trabalho de duas equipes de cientistas[16].
Escola:
Os califas que sucederam Al-Rashid aproximaram os estudiosos famosos na época e atribuíram-lhes a tarefa de educar seus filhos em troca de generosas recompensas. Entre os estudiosos, temos: Al-Kisa'i Ali ibn Hamzah[17], que estava muito perto do califa Al-Ma’mun, que lhe confiou ensinar gramática para seus dois filhos. Al-Kisaí escreveu grandes obras de gramática e de linguagem. Entre eles, também: Ibn Al-Sikkit[18], que ensinava o filho de Jaafar Al-Mutawakkil[19]. A cultura de alguns estudiosos se elevou e se diversificou, então seus nomes costumavam ser mencionados junto com os jurisprudentes. Alguns deles ganhavam salários de ambos os lados, como Al-Zajjaj, que costumava ganhar salários por estar envolvido nas duas equipes de estudiosos e juristas, num total de 200 dinares por mês[20]. O califa Al-Muqtadir chegou a determinar um salário de 50 dinares por mês para Ibn Duraid[21], quando este chegou a Bagdá pobre[22].
Quando as escolas foram criadas, os professores foram nomeados com um salário mensal regular dos cofres públicos ou das receitas de doações que foram feitas para essas instalações. Os salários variaram de acordo com o estatuto do professor e as doações feitas para os erários e, em geral, eram muito generosos[23].
Durante as eras de Al-Rashid e de Al-Ma’mun a Casa da Sabedoria também serviu como alojamento para os alunos e professores[24].
Quanto ao ensino na Casa da Sabedoria, havia dois sistemas: sistema de palestras e sistema de diálogo e debates. Com a ajuda de um assistente, um professor lecionava altas ciências em salas grandes para alguns alunos, explicando-lhes o que era inacessível para eles nas palestras e discutia com eles sobre o assunto lecionado. E o professor ou o sheikh era a autoridade final na discussão de seu assunto. Os estudantes se deslocavam de uma sala para outra, para aprender os diferentes ramos do conhecimento[25].
O ensino incluía as matérias de filosofia, astronomia, medicina, matemática e idiomas, como o grego, persa, indiano, além de árabe. Uma vez que o estudante concluía um ramo da ciência o seu professor lhe dava um certificado (ijazah), reconhecendo que ele dominou a disciplina. Se o graduado se destacou na matéria, o certificado testemunhava que ele poderia ensiná-la, e o direito de emissão do certificado era apenas do professor e indicava o nome do aluno, o nome de seu sheikh, sua escola de jurisprudência, bem como a data do certificado[26].
[1] Sobre a Biblioteca de Bagdá, consulte: Khidr Ahmad Atallah: Bait Al Hikmah fi `Asr Al -`Abassiyin (A Casa da Sabedoria na dinastia abássida), p. 29.
[2] Al Safadi: Al Wafy bil Wafiyat (O perfeito em biografias), 4 / 336.
[3] Ver: Ibn Al Nadim: Al Fihrast (A Bibliografia), p. 304 e Ibn Abu Usaibi`ah, Uyun Al Anba' fi Tabaqat Al Attiba "(Notícias Líder em camadas de Médicos), p. 17.
[4] Ibn Abu Usaibi`ah: Uyun Al Anba' fi Tabaqat Al Attiba, 2 / 133.
[5] Jibril ibn Bukhtishu: Jibril, ou Gabriel ibn Bukhtishu Al Jundisabury (falecido em 205 d.H./820 d.C.), um médico hábil. Ele trabalhou com os califas Al-Rashid, Al Ma’mun e outros. Entre suas obras: Risalah ila Al Ma’mun fi Al-Mat `am wa Al Mashrab (Uma mensagem para Al Ma’mun sobre alimentos e bebidas) e Al Madkhal ila Sina` At Al Mantiq (Introdução à Lógica). Veja: Al Qafty, Akhbar Al Hukama (Notícias dos Sábios), 93-101; Ibn Abu Usaibi`ah, 2/14-35; e Kahallah, Mu`jam Al Mu'allifin (Glossário de Autores), 3 / 113.
[6] Ibn Abu Usaibi`ah: idem, p. 172.
[7] Ver: Ibn Al Nadim: Al Fihrast (A Bibliografia), p. 304 e seguintes.
[8] Idem, p 43.
[9] Idem, p 339, em diante.
[10] Sa`id Al Andalusi: Tabaqat Al Umam, p 49.
[11] Sarhan Mansur: Al Maktabat fi Al `Usur Al Islamiya (As bibliotecas nas eras islâmicas), p 56.
[12] Will Durant: História da Civilização, 14/40.
[13] Safadi: Al Wafy bil Wafiyat (O Perfeito em biografias), 13/131.
[14] Idem, 19/367.
[15] Ibn Al-`Ibry: Mukhtasar Tarikh Al Duwal (Breve História das Nações), p. 75.
[16] Edward Vandyke: Al Iktifa ' Qanu bima Huwa Matbu, p. 235.
[17]Al Kisa'i: Abu al-Hasan Ali ibn Hamza bin Abdullah Al Kufy, um estudioso de gramática e linguística, e um dos sete famosos recitadores do Alcorão. Ele foi o tutor de Al-Amin, herdeiro e filho do califa Harun Al Rashid. Ele nasceu em Kufa, e morreu em 189 d.H./805 d.C. Veja: Al-Hamwy: Mu `jam al Udaba (Glossário dos escritores), 4/1737-1752 e Ibn Khillikan: Wafiyat Al-`Aian, 2 / 295, 296.
[18] Ibn Al Sikkit: Abu Yusuf Ya`qub ibn Ishaq (186-244 d.H./802-858 d.C.), um homem de destaque na língua e literatura. Ele contatou o califa abássida Al Mutawakkil, que atribuiu a ele a educação dos seus filhos e fez dele um dos seus acompanhantes e, em seguida o matou. Veja: Ibn Khillikan: Wafiyat Al-`Aian, 6/395-401.
[19] Al Suiuti: Bughiat Al Wu `ah fi Tabaqat Al Lughawiyyin wa Al Nuhah (O desejo dos conscientes sobre as camadas de lingüistas e gramáticos), 2 / 349.
[20] Al Zhahabi: Siar A´lam Al Nubala (Biografias dos nobres sábios), 14/360.
[21] Ibn Duraid, Abu Bakr Muhammad ibn Al Hasan ibn Duraid Al Basry (223-321 d.H./838-933 d.C.), o imam em sua época em língua e literatura. Ele nasceu em Basra e morreu em Bagdá. De seus livros: Jamharat Al Lughah. Veja: Al Hamwy, 6/2489-2496 e Ibn Khillikan, 4/323-328.
[22] Al Zirikli: Al A´ lam, 6 / 80.
[23] Ver: Al Nu `Aimy: Al Daris fi Tarikh Al Madaris, 1 / 418, 18/02, 52, 306.
[24] Will Durant: História da Civilização, 4 / 319; Ahmad Shalabi: Tarikh Al Tarbiyah Al Islamiya (História da educação islâmica), p. 184 e Khidr Ahmad Atallah: Bait Al Hikmah fi `Asr Al ` Abbasiyyin (A Casa da Sabedoria na dinastia abássida), p 246.
[25] Khidr Ahmad Atallah: Bait Al Hikmah fi `Asr Al ` Abbasiyyin (A Casa da Sabedoria na dinastia abássida), p 140.
[26] Will Durant: História da Civilização, 14/36.