Surata البقرة
PT: SŪRATU AL-BAQARAH[1] (A SURA DA VACA) De Al Madīna[2] - 286 versículos
(1) Al Baqarah: a vaca. A Sura da Vaca, a mais longa do Alcorão e também com seu mais extenso versículo (282), denomina-se, assim, pela menção, nos versículos 67-73, da imolação de uma vaca para expurgo de culpa, dentro da comunidade judaica, por época de Moisés. A sura inicia-se pela afirmação categórica de que o Alcorão é guia espiritual e moral dos que crêem em Deus, e pela confirmação de que a verdadeira fé deve integrar a crença na unicidade absoluta de Deus, a prática constante do bem e a crença na Ressurreição. Enumera as três categorias dos homens: crentes, idólatras e hipócritas e como reagem diante da Mensagem divina. Relata episódios relacionados aos filhos de Israel, fazendo-os atentar, constantemente, para as graças de Deus para com eles. Alude, ainda, ao Patriarca Abraão, com cujo filho, Ismael, construiu a Ka bah. E reiterativa na afirmação de que Deus é Único e torna patente Seus sinais como meio de repelir, peremptoriamente, a idolatria vigente, e amplamente disseminada na Península Arábica, tempos antes do advento do Islão. Encerra, nos constantes ensinamentos e preceitos, a base da boa conduta do moslim: estabelece a distinção entre o lícito e o ilícito; discorre sobre a virtude e ensina os critérios para o jejum e a peregrinação; legisla sobre as obrigações testamentais, o talião, o casamento e o divórcio; orienta sobre o aleitamento materno, sobre o registro de dívidas; exalta a caridade e abomina a usura. Ensina ao crente o lídimo caminho para a felicidade eterna e a pedir perdão pelas falhas, implorando a misericórdia e o socorro de Deus. (2) Al Madinah: Medina, a Segunda cidade sagrada, no Mundo Islâmico, depois de Makkah, na qual se encontra a Mesquita do Profeta, onde Muhammad foi sepultado. Foi nessa cidade que se revelou esta sura.
221. وَلَا تَنْكِحُوا الْمُشْرِكَاتِ حَتَّى يُؤْمِنَّ وَلَأَمَةٌ مُؤْمِنَةٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكَةٍ وَلَوْ أَعْجَبَتْكُمْ وَلَا تُنْكِحُوا الْمُشْرِكِينَ حَتَّى يُؤْمِنُوا وَلَعَبْدٌ مُؤْمِنٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكٍ وَلَوْ أَعْجَبَكُمْ أُولَئِكَ يَدْعُونَ إِلَى النَّارِ وَاللَّهُ يَدْعُو إِلَى الْجَنَّةِ وَالْمَغْفِرَةِ بِإِذْنِهِ وَيُبَيِّنُ آيَاتِهِ لِلنَّاسِ لَعَلَّهُمْ يَتَذَكَّرُونَ
PT: 221. E não esposeis as idólatras, até se tornarem crentes. E em verdade, uma escrava crente é melhor que uma idólatra, ainda que a admireis. E não façais esposar vossas filhas com os idólatras, até se tornarem crentes. E em verdade, um escravo crente é melhor que um idólatra, ainda que o admireis. Estes[184] convocam ao Fogo; enquanto Allah convoca, com Sua permissão, ao Paraíso e ao perdão. E Ele torna evidentes Seus sinais, para os homens, a fim de meditarem.
(1) Estes: os idólatras.
222. وَيَسْأَلُونَكَ عَنِ الْمَحِيضِ قُلْ هُوَ أَذًى فَاعْتَزِلُوا النِّسَاءَ فِي الْمَحِيضِ وَلَا تَقْرَبُوهُنَّ حَتَّى يَطْهُرْنَ فَإِذَا تَطَهَّرْنَ فَأْتُوهُنَّ مِنْ حَيْثُ أَمَرَكُمُ اللَّهُ إِنَّ اللَّهَ يُحِبُّ التَّوَّابِينَ وَيُحِبُّ الْمُتَطَهِّرِينَ
PT: 222. "E perguntam-te pelo menstruo[185]. Dize: ""É moléstia"". Então, apartai-vos das mulheres, durante o menstruo, e não vos unais a elas, até se purificarem[186]. E, quando se houverem purificado, achegai-vos a elas, por onde[187] Allah vos ordenou. Por certo, Allah ama os que se voltam para Ele, arrependidos, e ama os purificados."
(1) Além da indisposição e do mal-estar que causa à mulher, há o problema higiênico. Crê-se que a ação do fluxo sangüíneo, na vagina, durante o período menstrual, enseje ambiente favorável à proliferação de bactérias, causadoras de inflamações, que podem não só danificar o aparelho genital feminino, mas também o masculino, em havendo cópula, daí a prescrição que a proíbe nesse período. (2) Ou seja, até se mundificarem, após o mênstruo, com banho completo. (3) As questões de sexo, no Alcorão, são tratadas de maneira discreta e sucinta. Aqui, coito vaginal, a unica maneira que o islão, permite , nas relações sexuais.
223. نِسَاؤُكُمْ حَرْثٌ لَكُمْ فَأْتُوا حَرْثَكُمْ أَنَّى شِئْتُمْ وَقَدِّمُوا لِأَنْفُسِكُمْ وَاتَّقُوا اللَّهَ وَاعْلَمُوا أَنَّكُمْ مُلَاقُوهُ وَبَشِّرِ الْمُؤْمِنِينَ
PT: 223. Vossas mulheres são para vós, campo lavrado. Então, achegai-vos a vosso campo lavrado, como e quando quiserdes. E antecipai boas obras, para vós mesmos. E temei a Allah, e sabei que deparareis com Ele. E alvissara, Muhammad, aos crentes o Paraíso!
224. وَلَا تَجْعَلُوا اللَّهَ عُرْضَةً لِأَيْمَانِكُمْ أَنْ تَبَرُّوا وَتَتَّقُوا وَتُصْلِحُوا بَيْنَ النَّاسِ وَاللَّهُ سَمِيعٌ عَلِيمٌ
PT: 224. E não façais do nome de Allah barreira a vossos juramentos de não serdes bondosos e piedosos reconciliadores entre as pessoas[188]. E Allah é Oniouvinte, Onisciente.
(1) Se O homem jurar, em nome de Deus, não praticar uma boa ação, não deve manter este juramento, ao contrário, deve empenhar-se na prática constante do bem e expiar este juramento.
225. لَا يُؤَاخِذُكُمُ اللَّهُ بِاللَّغْوِ فِي أَيْمَانِكُمْ وَلَكِنْ يُؤَاخِذُكُمْ بِمَا كَسَبَتْ قُلُوبُكُمْ وَاللَّهُ غَفُورٌ حَلِيمٌ
PT: 225. Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos, mas vos culpa pelo que vossos corações logram. E Allah é Perdoador, Clemente.
226. لِلَّذِينَ يُؤْلُونَ مِنْ نِسَائِهِمْ تَرَبُّصُ أَرْبَعَةِ أَشْهُرٍ فَإِنْ فَاءُوا فَإِنَّ اللَّهَ غَفُورٌ رَحِيمٌ
PT: 226. Para os que juram abster-se de estar com suas mulheres, há espera de quatro meses[189]. E se retrocederem, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.
(1) Anteriormente ao Islão, era habitual, entre os árabes, a prática do 'ílã', ou seja, do juramento, feito pelo homem, quando divergia de sua mulher, de não mais aproximar-se dela, por quatro meses ou mais. Sendo assim, a mulher ficava presa a uma situação bem difícil e constrangedora:" suspensa",nem casada nem divorciada. Obviamente, o Islão, objurgando tal procedimento, recomenda, neste versículo, que, após quatro meses, não desejando o marido voltar atrás, consuma- se o divórcio e seja liberada a mulher.
227. وَإِنْ عَزَمُوا الطَّلَاقَ فَإِنَّ اللَّهَ سَمِيعٌ عَلِيمٌ
PT: 227. E se decidirem pelo divórcio, por certo, Allah é Oniouvinte, Onisciente.
228. وَالْمُطَلَّقَاتُ يَتَرَبَّصْنَ بِأَنْفُسِهِنَّ ثَلَاثَةَ قُرُوءٍ وَلَا يَحِلُّ لَهُنَّ أَنْ يَكْتُمْنَ مَا خَلَقَ اللَّهُ فِي أَرْحَامِهِنَّ إِنْ كُنَّ يُؤْمِنَّ بِاللَّهِ وَالْيَوْمِ الْآخِرِ وَبُعُولَتُهُنَّ أَحَقُّ بِرَدِّهِنَّ فِي ذَلِكَ إِنْ أَرَادُوا إِصْلَاحًا وَلَهُنَّ مِثْلُ الَّذِي عَلَيْهِنَّ بِالْمَعْرُوفِ وَلِلرِّجَالِ عَلَيْهِنَّ دَرَجَةٌ وَاللَّهُ عَزِيزٌ حَكِيمٌ
PT: 228. E que as divorciadas aguardem, elas mesmas, antes de novo casamento, três períodos menstruais[190] e não lhes é lícito ocultarem o que Allah criou em suas matrizes se elas crêem em Allah e no Derradeiro Dia. E nesse ínterim, seus maridos têm prioridade em tê-las de volta, se desejam reconciliação[191]. E elas têm direitos iguais às suas obrigações, convenientemente. E há para os homens um degrau acima delas . E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.
(1) Isso, para elas se assegurarem da ausência de gravidez. (2) Compete ao homem, em caso de divórcio, voltar atrás na decisão. Ele é quem deve deliberar sobre o assunto. Parece que o escalão, mencionado neste versículo, refere-se a este privilégio, e deve, assim, ser entendido, estritamente, neste caso, não genericamente, em todos os assuntos de vida (Vide Sayyed Qutb, Zilal-al-Qur ãn, volume II, pp. 246-247).
229. الطَّلَاقُ مَرَّتَانِ فَإِمْسَاكٌ بِمَعْرُوفٍ أَوْ تَسْرِيحٌ بِإِحْسَانٍ وَلَا يَحِلُّ لَكُمْ أَنْ تَأْخُذُوا مِمَّا آتَيْتُمُوهُنَّ شَيْئًا إِلَّا أَنْ يَخَافَا أَلَّا يُقِيمَا حُدُودَ اللَّهِ فَإِنْ خِفْتُمْ أَلَّا يُقِيمَا حُدُودَ اللَّهِ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْهِمَا فِيمَا افْتَدَتْ بِهِ تِلْكَ حُدُودُ اللَّهِ فَلَا تَعْتَدُوهَا وَمَنْ يَتَعَدَّ حُدُودَ اللَّهِ فَأُولَئِكَ هُمُ الظَّالِمُونَ
PT: 229. O divórcio é permitido por duas vezes[192]. Então, ou reter a mulher convenientemente, ou libertá-la, com benevolência. E não vos[193] é lícito retomardes nada do que lhes haveis concedido, exceto quando ambos temem não observar os limites de Allah[194]. Então, se vós[195] temeis que ambos não observem os limites de Allah, não haverá culpa sobre ambos por aquilo com que ela[196] se resgatar. Esses são os limites de Allah: então, não os transgridais. E quem transgride os limites de Allah, esses são os injustos.
(1). As leis islâmicas estabelecem que o divórcio é revogável até duas vezes. O homem pode retornar sua mulher, após o primeiro divórcio, para continuarem a viver normalmente. Se a segunda tentativa de convívio malograr, poderá o casal divorciar-se novamente, ainda com direito a mais uma tentativa de convivência; mas, se persistirem as incompatibilidades, o Alcorão recomenda que se divorciem definitiva e irrevogavelmente. Entretanto, se a mulher se casar com outro e dele divorciar-se, o Alcorão permite que torne a casar-se novamente, com o primeiro marido, de quem já estiver divorciada (vide II 230). (2). Vos: a vós, maridos; (3). Ou seja, as proibições impostas por Deus; (4). Ou seja: "...se vós, autoridade, temerdes...";( 5).Ela: a mulher;
230. فَإِنْ طَلَّقَهَا فَلَا تَحِلُّ لَهُ مِنْ بَعْدُ حَتَّى تَنْكِحَ زَوْجًا غَيْرَهُ فَإِنْ طَلَّقَهَا فَلَا جُنَاحَ عَلَيْهِمَا أَنْ يَتَرَاجَعَا إِنْ ظَنَّا أَنْ يُقِيمَا حُدُودَ اللَّهِ وَتِلْكَ حُدُودُ اللَّهِ يُبَيِّنُهَا لِقَوْمٍ يَعْلَمُونَ
PT: 230. E se ele se divorcia dela, pela terceira vez, ela lhe não será lícita novamente até esposar outro marido. E, se este se divorcia dela, não haverá culpa sobre ambos, ao retornarem um ao outro, se pensam observar os limites de Allah. E esses são os limites de Allah, que Ele torna evidentes, para um povo que sabe.
231. وَإِذَا طَلَّقْتُمُ النِّسَاءَ فَبَلَغْنَ أَجَلَهُنَّ فَأَمْسِكُوهُنَّ بِمَعْرُوفٍ أَوْ سَرِّحُوهُنَّ بِمَعْرُوفٍ وَلَا تُمْسِكُوهُنَّ ضِرَارًا لِتَعْتَدُوا وَمَنْ يَفْعَلْ ذَلِكَ فَقَدْ ظَلَمَ نَفْسَهُ وَلَا تَتَّخِذُوا آيَاتِ اللَّهِ هُزُوًا وَاذْكُرُوا نِعْمَتَ اللَّهِ عَلَيْكُمْ وَمَا أَنْزَلَ عَلَيْكُمْ مِنَ الْكِتَابِ وَالْحِكْمَةِ يَعِظُكُمْ بِهِ وَاتَّقُوا اللَّهَ وَاعْلَمُوا أَنَّ اللَّهَ بِكُلِّ شَيْءٍ عَلِيمٌ
PT: 231. E quando vos divorciardes das mulheres e elas atingirem seu prazo de espera retende-as convenientemente ou libertai-as, convenientemente[197]. Mas não as retenhais, prejudicando-as para infligir-lhes agressões. E quem o faz, com efeito, é injusto com si mesmo. E não tomeis os versículos de Allah por objeto de zombaria[198]. E lembrai-vos da graça de Allah para convosco e daquilo que Ele fez descer sobre vós: o Livro[199] e a Sabedoria, com que Ele vos exorta. E temei a Allah e sabei que Allah, de todas as cousas, é Onisciente.
(1). Ou seja: O fim do prazo de espera, imposto à mulher, para poder casar-se novamente, e que varia conforme seu estado. Exemplo: para a mulher divorciada, o prazo é de três mênstruos ou três meses, conforme o caso; para a mulher viúva, é de quatro meses e dez dias; para a mulher grávida, até o nascimento da criança; (2). É, expressamente, vedado ao homem utílízar-se da revogação do divórcio, com ofito de prejudicar sua mulher, isto é, obrigando-a a resgatar-se, ou prolongar-lhe o prazo de espera, a fim de ela permanecer só e certamente, padecer com isto; (3). O Livro: o Alcorão;
232. وَإِذَا طَلَّقْتُمُ النِّسَاءَ فَبَلَغْنَ أَجَلَهُنَّ فَلَا تَعْضُلُوهُنَّ أَنْ يَنْكِحْنَ أَزْوَاجَهُنَّ إِذَا تَرَاضَوْا بَيْنَهُمْ بِالْمَعْرُوفِ ذَلِكَ يُوعَظُ بِهِ مَنْ كَانَ مِنْكُمْ يُؤْمِنُ بِاللَّهِ وَالْيَوْمِ الْآخِرِ ذَلِكُمْ أَزْكَى لَكُمْ وَأَطْهَرُ وَاللَّهُ يَعْلَمُ وَأَنْتُمْ لَا تَعْلَمُونَ
PT: 232. E quando vos divorciardes das mulheres e elas atingirem seu prazo de espera, não as impeçais de esposarem seus maridos anteriores, quando concordarem entre eles, convenientemente. Com isso, é exortado aquele de vós que crê em Allah e no Derradeiro Dia. Isso vos é mais digno e mais puro. E Allah sabe, e vós não sabeis.
233. وَالْوَالِدَاتُ يُرْضِعْنَ أَوْلَادَهُنَّ حَوْلَيْنِ كَامِلَيْنِ لِمَنْ أَرَادَ أَنْ يُتِمَّ الرَّضَاعَةَ وَعَلَى الْمَوْلُودِ لَهُ رِزْقُهُنَّ وَكِسْوَتُهُنَّ بِالْمَعْرُوفِ لَا تُكَلَّفُ نَفْسٌ إِلَّا وُسْعَهَا لَا تُضَارَّ وَالِدَةٌ بِوَلَدِهَا وَلَا مَوْلُودٌ لَهُ بِوَلَدِهِ وَعَلَى الْوَارِثِ مِثْلُ ذَلِكَ فَإِنْ أَرَادَا فِصَالًا عَنْ تَرَاضٍ مِنْهُمَا وَتَشَاوُرٍ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْهِمَا وَإِنْ أَرَدْتُمْ أَنْ تَسْتَرْضِعُوا أَوْلَادَكُمْ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْكُمْ إِذَا سَلَّمْتُمْ مَا آتَيْتُمْ بِالْمَعْرُوفِ وَاتَّقُوا اللَّهَ وَاعْلَمُوا أَنَّ اللَّهَ بِمَا تَعْمَلُونَ بَصِيرٌ
PT: 233. E as mães amamentam seus filhos por dois anos inteiros. Isso, para quem deseja completar a lactação. E impende ao pai o sustento e o vestir delas, convenientemente. A nenhuma alma é imposto senão o que é de sua capacidade. Que nenhuma mãe seja prejudicada por causa de seu filho nem o pai, por causa de seu filho. E impende ao herdeiro fazer o mesmo[200]. E se ambos desejam desmama, de comum acordo e mútua consulta, não haverá culpa sobre ambos. E se desejais amamentar vossos filhos com amas, não haverá culpa sobre vós, quando entregardes, convenientemente, o que prometestes conceder-Ihes[201]. E temei a Allah e sabei que Allah, do que fazeis, é Onividente.
(1).Sendo o pai inválido, ou já havendo falecido, será incumbência do herdeiro sustentá-la e vesti-la; (2). Lhes: às amas-de-leite.
234. وَالَّذِينَ يُتَوَفَّوْنَ مِنْكُمْ وَيَذَرُونَ أَزْوَاجًا يَتَرَبَّصْنَ بِأَنْفُسِهِنَّ أَرْبَعَةَ أَشْهُرٍ وَعَشْرًا فَإِذَا بَلَغْنَ أَجَلَهُنَّ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْكُمْ فِيمَا فَعَلْنَ فِي أَنْفُسِهِنَّ بِالْمَعْرُوفِ وَاللَّهُ بِمَا تَعْمَلُونَ خَبِيرٌ
PT: 234. E os que, dentre vós, morrerem e deixarem mulheres, essas aguardem quatro meses e dez dias[202]. Então, quando atingirem seu prazo de espera, não haverá culpa sobre vós, pelo que fizerem com si mesmas convenientemente[203]. E Allah, do que fazeis, é Conhecedor.
(1). Trata-se de prazo de espera da mulher viuva, mencionado na sura II 231 n6; (2). Os homens, sob cujos cuidados se encontram as viúvas, não estarão em pecado, se elas recor rerem a meios de embelezamento, para atrair novo casamento.
235. وَلَا جُنَاحَ عَلَيْكُمْ فِيمَا عَرَّضْتُمْ بِهِ مِنْ خِطْبَةِ النِّسَاءِ أَوْ أَكْنَنْتُمْ فِي أَنْفُسِكُمْ عَلِمَ اللَّهُ أَنَّكُمْ سَتَذْكُرُونَهُنَّ وَلَكِنْ لَا تُوَاعِدُوهُنَّ سِرًّا إِلَّا أَنْ تَقُولُوا قَوْلًا مَعْرُوفًا وَلَا تَعْزِمُوا عُقْدَةَ النِّكَاحِ حَتَّى يَبْلُغَ الْكِتَابُ أَجَلَهُ وَاعْلَمُوا أَنَّ اللَّهَ يَعْلَمُ مَا فِي أَنْفُسِكُمْ فَاحْذَرُوهُ وَاعْلَمُوا أَنَّ اللَّهَ غَفُورٌ حَلِيمٌ
PT: 235. E não há culpa sobre vós em insinuardes às mulheres propostas de casamento, ou em ocultardes essa intenção em vossas almas. Allah sabe que vos estareis lembrando delas; mas não vos comprometais, secretamente com elas, exceto se lhes disserdes dito conveniente. E não decidais consumar os laços matrimoniais até que a prescrição atinja seu termo. E sabei que Allah sabe o que há em vossas almas: então, precatai-vos dEle. E sabei que Allah é Perdoador, Clemente.
236. لَا جُنَاحَ عَلَيْكُمْ إِنْ طَلَّقْتُمُ النِّسَاءَ مَا لَمْ تَمَسُّوهُنَّ أَوْ تَفْرِضُوا لَهُنَّ فَرِيضَةً وَمَتِّعُوهُنَّ عَلَى الْمُوسِعِ قَدَرُهُ وَعَلَى الْمُقْتِرِ قَدَرُهُ مَتَاعًا بِالْمَعْرُوفِ حَقًّا عَلَى الْمُحْسِنِينَ
PT: 236. Não há culpa sobre vós se vos divorciais das mulheres, desde que não as hajais tocado ou não hajais proposto faridah(mahr)[204]. E mimoseai-as - o próspero, conforme suas posses e o carecente, conforme suas posses -com mimo conveniente. É dever que impende aos benfeitores.
(1). Al faridah, corresponde a al mahr ou as saduqah: soma de bens que o noivo dá à esposa, antes de contrair núpcias, as arras.
237. وَإِنْ طَلَّقْتُمُوهُنَّ مِنْ قَبْلِ أَنْ تَمَسُّوهُنَّ وَقَدْ فَرَضْتُمْ لَهُنَّ فَرِيضَةً فَنِصْفُ مَا فَرَضْتُمْ إِلَّا أَنْ يَعْفُونَ أَوْ يَعْفُوَ الَّذِي بِيَدِهِ عُقْدَةُ النِّكَاحِ وَأَنْ تَعْفُوا أَقْرَبُ لِلتَّقْوَى وَلَا تَنْسَوُا الْفَضْلَ بَيْنَكُمْ إِنَّ اللَّهَ بِمَا تَعْمَلُونَ بَصِيرٌ
PT: 237. E se vos divorciais delas antes de havê-las tocado, e após haver-lhes proposto faridah, caber-Ihes-á a metade do que houverdes proposto exceto se abrem mão disso, ou o faz aquele em cujas mãos estão os laços matrimoniais. E abrirdes mão disso é mais próximo da piedade. E não vos esqueçais do favor entre vós. Por certo, Allah, do que fazeis, é Onividente.
238. حَافِظُوا عَلَى الصَّلَوَاتِ وَالصَّلَاةِ الْوُسْطَى وَقُومُوا لِلَّهِ قَانِتِينَ
PT: 238. Custodiai as orações e em particular a oração mediana, e levantai-vos sendo devotos a Allah.
239. فَإِنْ خِفْتُمْ فَرِجَالًا أَوْ رُكْبَانًا فَإِذَا أَمِنْتُمْ فَاذْكُرُوا اللَّهَ كَمَا عَلَّمَكُمْ مَا لَمْ تَكُونُوا تَعْلَمُونَ
PT: 239. Mas se temeis um inimigo, orai andando ou montados. E quando estiverdes em segurança, invocai a Allah e cumpri a oração, como Ele vos ensinou o que não sabíeis.
240. وَالَّذِينَ يُتَوَفَّوْنَ مِنْكُمْ وَيَذَرُونَ أَزْوَاجًا وَصِيَّةً لِأَزْوَاجِهِمْ مَتَاعًا إِلَى الْحَوْلِ غَيْرَ إِخْرَاجٍ فَإِنْ خَرَجْنَ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْكُمْ فِي مَا فَعَلْنَ فِي أَنْفُسِهِنَّ مِنْ مَعْرُوفٍ وَاللَّهُ عَزِيزٌ حَكِيمٌ
PT: 240. E os que, entre vós, morrerem e deixarem mulheres, devem deixar testamento a suas mulheres, legando-lhes provisão por um ano, sem fazê-las sair de suas casas. E se elas saírem, não haverá culpa sobre vós pelo que elas fizerem de conveniente com si mesmas[205]. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.
(1). Essa recomendação testamentária de legar bens à viúva, por um ano, foi ab-rogada pelos versículos que lhe destinam parte determinada da herança (IV 12). Como ab-rogado, também foi seu prazo de espera, que antes era de um ano e passou para quatro meses e dez dias. Vide II 234;