A regra islâmica quanto aos horóscopos

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27/05/2020

Praticar a astrologia é Haraam, assim como visitar astrólogos, ouvir suas predições, comprar livros sobre astrologia ou ler o horóscopo de alguém também são práticas proibidas.

 

 

Tendo em vista que a astrologia é usada principalmente para predizer o futuro, aqueles que a praticam são considerados advinhadores. Consequentemente, aquele que procura conhecer seu horóscopo se enquadra na norma contida na afirmação do Profeta: “A oração daquele que busca um advinho e lhe pede qualquer coisa não será aceita por 40 dias e 40 noites.” (Narrado por Hafsah e coletado por Muslim – Sahih Muslim, versão inglesa, vol. 4, pág. 1211, nº 5440)

Conforme mencionado anteriormente, a punição neste hadith se aplica até a uma simples consulta a um astrólogo, ainda que a pessoa possa duvidar da verdade de suas informações. Se alguém duvida da veracidade ou falsidade da informação astrológica, ele também tem dúvida que outras pessoas, além de Deus, podem ou não conhecer o incognoscível e o futuro. Esta é uma forma de Shirk, porque Deus claramente declarou:

“Com Ele estão as chaves do incognoscível, coisa que ninguém, além d’Ele, possui.” (6:59)

“Dize: Ninguém, além de Deus, conhece o mistério dos céus e da terra.” (27:65)

No entanto, se alguém acreditar nas predições de seu horóscopo, sejam ditas por um astrólogo, ou escritas em livros de astrologia, ele se converte em kufr (descrente), conforme declarado pelo Profeta (SAW): “Aquele que procura por um oráculo, ou por um advinho, e crê no que ele diz, não crê no que foi revelado a Mohammad.” (Narrado por Abu Hurayrah e coletado por Ahmad e Abu Dawud – Sunan Abu Dawud (English Trans.), vol. 3, p. 1095, no. 3895).

Da mesma forma que o hadith anterior, este se refere especificamente ao advinho mas também se aplica ao astrólogo. Ambos alegam conhecer o futuro e isto se contrapõe ao Tawheed. A astrologia afirma que a personalidade das pessoas é determinada pelas estrelas e que suas ações  e acontecimentos futuros estão escritos nas estrelas. O advinho comum alega que a forma como as folhas de chá se apresentam no fundo da xícara, ou as linhas da palma da mão, dizem a mesma coisa. Em ambos os casos, eles afirmam que têm a capacidade de conhecer, através da formação física de objetos, o incognoscível.

Crer na astrologia e nos horóscopos está em clara oposição à letra e ao espírito do Islam. Somente uma alma vazia, que não provou o verdadeiro Iman (crença) busca estes caminhos. Na verdade, significa uma tentativa inútil de escapar do Qadar (destino). O ignorante pensa que se ele souber o que lhe está reservado amanhã, ele poderá se preparar hoje, e assim, evitar o mal e garantir o bem. Contudo, disse Deus a Seu mensageiro:

“E se estivesse de posse do incognoscível, aproveitar-me-ia de muitos bens, e o infortúnio jamais me açoitaria. Porém, não sou mais do que um admoestador e alvissareiro para os crentes.” (7:188)

Portanto, os verdadeiros muçulmanos são obrigados a ficar afastados desses assuntos. Assim, anéis, correntes, etc., que contenham os signos do zodíaco, não devem ser usados mesmo que não se acredite neles. Tais símbolos são parte e parcela de um sistema inventado que propaga kufr e devem ser afastados inteiramente. Nenhum muçulmano crente deve perguntar a outro qual é o seu signo zodiacal ou tentar advinhá-lo, nem ler o horóscopo nas colunas de jornais. E o muçulmano que permitir predições astrológicas para determinar suas ações deve buscar o perdão de Deus e renovar seu Islam.

Dr. Abu Ameenah Bilal Philips
Capítulo sobre Astrologia
Os Fundamentos do Tawheed

fonte
sbmrj.org.br