Na época em que o Mundo estava envolvido em trevas, e entregue a ignorância, a revelação de Deus, se fez ouvir no vasto deserto da Arábia através de Seu mensageiro iletrado, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), uma nobre e universal mensagem para toda humanidade, diz Deus Altíssimo no Alcorão Sagrado:
”Ó humanos, temei o vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres.” (4ª Surata, Nissa, versículo 1)
”Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com ela convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Pôr certo que nisto há sinais para os sensatos.” (30ª Surata, Ar Rum, versículo 21)
Analisando estes versículos do Alcorão podemos afirmar que não há no mundo um texto religioso, que trate das qualidades das mulheres, em todos os aspectos, com tanta eloqüência como este decreto Divino.
Evidenciando essa nobre e natural concepção, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:
”Ele foi quem vos criou de um só ser e, do mesmo, plasmou a sua companheira, para que ele convivesse com ela…” (7ª Surata, Al’Aaraf, versículo 189)
Abu Huraira narrou, que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), disse:
”O crente mais íntegro é aquele que demonstra melhor caráter e de melhor moralidade. E o melhor dentre vós é aquele que melhor trata a sua mulher, e o que é melhor para com a sua mulher.”
O Alcorão fornece uma clara evidência de que a mulher está em completa igualdade ao homem, perante Deus o Altíssimo, quanto aos seus direitos e responsabilidade, diz Deus no Alcorão Sagrado:
”A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for crente, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das suas ações.” ( 16ª Surata, An Nahl, versículo 97)
”Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa. Não é dado ao fiel, nem à fiel, agir conforme seu arbítrio, quando Deus e o Seu Mensageiro é que decidem o assunto.” ( 33ª Surata, Al Ahzab, versículo 35 e 36)
De acordo com o Alcorão Sagrado, não é responsável pelo pecado original de Adão (que a Paz esteja sobre Ele), mas sim ambos são responsáveis pela queda, com a desobediência ao decreto de Deus Altíssimo, diz Deus no Alcorão Sagrado;
”E tu, ó Adão, Habita com tua esposa o Paraíso! Desfrutai do que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque estareis entre os transgressores.
Então, Satã lhes cochichou, para revelar-lhes o que, até então, lhes havia sido ocultado de suas vergonhas, dizendo-lhes; vosso Senhor vos proibiu está árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os imortais.
E lhes jurou: Sou para vós um fiel conselheiro.
E, com enganos, seduziu-os. Mas quando colheram o fruto da árvore, manifestaram-se-lhes as vergonhas e começaram a cobrir-se com as folhas das plantas do Paraíso. Então seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado está árvore e não vos havia dito que Satã era vosso inimigo declarado?
Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares e Te apiedares de nós, seremos desventurados.” (7ª Surata, Al Aaraf, versículos 19 à 23)
Em termos de obrigações religiosas, tais como a orações diárias, o jejum, o zakat, e a peregrinação, a mulher não se difere do homem, e tem até uma certa vantagem sobre o homem, em alguns casos, a mulher fica isenta das orações diárias e do jejum durante o seu período menstrual e na sua dieta pós-parto, fica também isenta de jejuar na sua gravidez e quando estiver amamentando, se houver qualquer ameaça à sua saúde ou à saúde do bebê.
Se o jejum perdido for o do mês de Ramadan, ela poderá repor os dias perdidos quando puder fazê-lo. Não terá que repor as orações perdidas pelas razões acima mencionadas. Na era pré-islâmica, algumas tribos árabes tinham o costume de cometer o infanticídio feminino, de enterrar as filhas vivas, com o advento do Islam Deus o Altíssimo, através de Suas palavras no Alcorão Sagrado proibiu este costume e o considerou como um crime, diz Deus no Alcorão Sagrado:
”Quando a filha, sepultada viva, for interrogada: Porque delito fostes assassinada?” (81ª Surata, At Taquir, versículos 8 e 9)
” Quando a alguns deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se de seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixar-la-á viver, ou a enterrará viva? Que péssimo é o que julgam!” (16ª Surata, An Nahl, versículo 58 e 59)
Deus o Altíssimo enviou o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), com a sua Lei inalterável em um Livro bem guardado, o Alcorão Sagrado, com uma sublime mensagem, que pôs fim à série de injustiças enfrentadas pelas mulheres, e delimitou-lhes o lugar natural, Deus o Altíssimo, anunciou que a mulher e o homem são iguais perante Ele.
Deus Altíssimo, revelou-lhe o Seu Livro Sagrado, que afirma claramente e em mais de uma passagem, esse claro conceito, diz Deus o Altíssimo no Alcorão Sagrado:
”Ó humanos, temei o vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres.” (4ª Surata, Al Nissa, versículo 1)
E depois de ter sido costume, entre os árabes antes do Islam, não deixar qualquer coisa em testamento as mulheres, quando um homem morria o seu filho, herdava todos os seus bens e se ele não tivesse filho, o seu herdeiro seria alguém de sua família, fosse seu pai irmão ou tio.Veio o Islam e aboliu essa injustiça contra as mulheres, diz Deus no Alcorão Sagrado:
”Aos filhos varões corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às mulheres, também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória.” (4ª Surata, An Nissá, versículo 7)
Seguiram-se diversas atitudes humanitárias misericordiosas adotadas pôr parte do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), com respeito as mulheres em todas as suas fazes etárias.
Iman Al Bukhari, narrou que Saad Ibn Wakkas disse:
”Eu estava tão doente em Makka que podia morrer, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), veio visitar-me.
Eu disse a Ele: Ó Mensageiro de Deus, tenho muito dinheiro e não tenho para herdá-lo, exceto a minha filha, posso dar dois terços desse dinheiro como esmola?
Disse o Mensageiro: Não.
Eu disse: Então a metade?
Disse o Mensageiro: Não.
Eu disse: um terço?
Disse o Mensageiro: um terço ainda é muito. Deixar as suas crianças ricas é melhor do que deixá-las pobres esmolando de outros. Tu não gastarás nada sem recompensa; mesmo um pedacinho de pão levado a tua esposa será recompensado.”
O Islam também manteve a dignidade da mulher e protegeu a sua honra da forma mais perfeita pela qual pode ser protegida, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado, a respeito dos caluniadores de mulheres honestas:
”E aqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentar quatro testemunhas infligi-lhes oitenta chicotadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos, porque são depravados.” ( 4ª Surata, An Nur, versículo 4)
Deus o Altíssimo ordenou três penalidades ao acusador, a saber o chicoteamento, e seguida a recusa de seu testemunho e a não aceitação futura de seu testemunho, e finalmente ser considerado um homem desobediente, o que um dos mais detestáveis e repugnantes atributos.
Deus o Altíssimo, diz no Alcorão Sagrado:
”Em verdade, aqueles que difamarem as mulheres castas, inocentes e fiéis, serão malditos, neste e no outro, e sofrerão um severo castigo. Dia virá em que suas línguas suas mãos e seus pés testemunharam contra eles, pelo que houverem cometido. Nesse dia Deus os recompensará pelo que merecerem, e então saberão que Deus é a Verdade Manifesta.” (24ª Surata, An Nur, versículos 23 ao 25)
O Alcorão indica claramente que o casamento é compartilhado pelas duas metades da sociedade, e seus objetivos, além de perpetuarem a espécie, são o bem estar emocional e a harmonia espiritual, suas bases são, o amor e a compaixão.
Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:
”Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com ela convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Pôr certo que nisto há sinais para os sensatos.” (30ª Surata, Ar Rum, versículo 21)
De acordo com a Lei Islâmica não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, além de todas as outras provisões para a proteção da mulher no tempo de casada, foi especificamente decretado que ela tem todo o direito desfrutar de seu dote, o que é dado a ela pelo marido, e está incluído no contrato nupcial.
Tal propriedade não é transferível a seu pai ou marido, o dote no Islam não representa um preço real, nem simbólico da mulher, como era o caso em algumas culturas, mas sim um presente simbolizando amor e afeição.
As regras para a vida matrimonial no Islam são bem claras e estão em total harmonia com a natureza humana, em consideração a constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos tem direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a da liderança, é uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem, Deus o Altíssimo diz no Alcorão:
”elas têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas; embora os homens mantenham o predomínio.” (2ª Surata, Al Bacara, versículo 228)
Tal predomínio é representado pele manutenção e proteção, isso se refere à diferença natural entre os dois sexos o que outorga proteção ao sexo feminino, não implica porém, em superioridade ou vantagem perante a lei.
Assim, o desempenho da liderança do homem em relação a sua família não significa a predominância do marido sobre a esposa, o Islam dá ênfase a importância de pedir conselho e anuência mútuos nas decisões familiares.
Além dos direitos básicos da mulher como esposa, vem o direito acentuado pelo Alcorão Sagrado, e intensamente recomendado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), tratamento amável e bondoso.
Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:
”Harmonizai-vos com elas; pois se a menosprezardes, podereis estar depreciando um ser que Deus dotou de muitas virtudes.” (4ª Surata, An Nissá, versículo 19)
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), disse:
”O melhor dentre vós é o melhor para a sua família, e eu sou o melhor dentre vós para a minha família.”
O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre Ele), disse;
”O Paraíso jaz aos Pés das mães”
Uma vez que o direito da mulher de decidir sobre o seu casamento é reconhecido, o seu direito de pedir o término de um casamento fracassado é também reconhecido, para proporcionar estabilidade da família, contudo, e visando a sua proteção quando a decisões precipitadas, sob pressão emocional temporária, certos passos de períodos de espera devem ser observados pelo homem e pela mulher que estão se divorciando.
A função da mulher é o de construir uma família e dirigir a casa, com a finalidade de morar com a sua família em um ambiente confortável, que promova a atividade necessária para a continuação da vida, isto não a impede de fazer um trabalho que satisfaça uma necessidade ou um desejo, em campos aonde ela possa desempenhar funções sem violar a sua natureza e o seu caráter, desempenhando-as deste modo com sucesso, de acordo com as sua habilidades.
Qualquer violação em nossa natureza criada pôr Deus o Altíssimo e pela qual somos responsáveis, é considerada uma obstrução à Sabedoria de Deus o Altíssimo na Criação.
O Islam ainda tem muito a oferecer à mulher de hoje, em termos de respeito, dignidade, reconhecimento. Basta que ela tenha consciência disso e lute para implantar os ensinamentos islâmicos. Para isso, ela tem todos os instrumentos à sua disposição.