Vivendo no Oriente Médio ou na África, na Ásia Central ou no Paquistão, no Sudeste Asiático ou na Europa e nas Américas, as mulheres muçulmanas tendem a ver o movimento feminista com alguma apreensão.
Embora haja alguns aspectos da causa feminista, os quais nós muçulmanas gostaríamos de juntar esforços, outros provocam desapontamento e mesmo oposição. Consequentemente, não há uma resposta simples para a possibilidade de uma futura cooperação ou competição que o feminismo possa vir a encontrar em um ambiente islâmico.
No entanto, existem inúmeras tradições sociais, psicológicas e econômicas que governam o pensamento da maior parte dos muçulmanos e que influenciam particularmente a condição da mulher e o seu papel na sociedade islâmica. Entender isto pode ajudar a compreender as questões que afetam a condição e os papéis desempenhados por homens e mulheres e mostra como devemos reagir aos movimentos que buscam melhorar a situação das mulheres nos países onde os muçulmanos vivem.
O SISTEMA FAMILIAR:
Uma das tradições islâmicas que influenciam a forma como as mulheres muçulmanas respondem às idéias feministas é a da defesa, na cultura islâmica, de um sistema familiar ampliado. Algumas famílias muçulmanas são “residencialmente extensas” – isto é, seus membros vivem comunitariamente com três ou mais gerações de parentes (avós, pais, tios, tias e suas descendências) em um único prédio ou complexo residencial. Mesmo quando esta versão residencial da família ampliada não é possível, conexões familiares tornam evidentes os fortes laços políticos, sociais e econômicos. Apoios e responsabilidades mútuos que interferem nesses grandes grupos consanguíneos não são considerados desejáveis, mas eles se tornam legalmente obrigatórios aos membros da sociedade pela lei islâmica. O próprio Alcorão exorta a solidariedade familiar e especifica a extensão dessas responsabilidades, além de conter prescrições de herança, apoio e outras interdependências dentro da família ampliada (1)
Nossas tradições islâmicas também prescrevem uma participação mais forte da família no contrato e preservação dos casamentos. Enquanto a maior parte das feministas ocidentais condenam a participação familiar ou o casamento arranjado, como uma influência negativa por causa de sua aparente restrição à liberdade individual e à responsabilidade, como muçulmanos sustentamos que essa participação é vantajosa tanto para indivíduos como para grupos dentro da sociedade. Não apenas assegura casamentos baseados em princípios mais sólidos do que a atração física e o desejo sexual, como propicia outras salvaguardas para uma continuidade conjugal próspera.
Os membros da família proporcionam uma companhia diferente e são fontes imediatas de aconselhamento e simpatia para os recém casados. Um cônjuge não pode tomar um rumo diferente assim tão fácil, porque essa atitude encontrará forte oposição por parte do grupo. As contendas não são tão devastadoras para os laços matrimoniais, tendo em vista que os membros adultos da família agem no sentido de mediar e fornecer alternativas e conselhos para os casais. Os problemas com parentes e as incompatibilidades geracionais também são minorados, tornando desnecessários os clubes de solteiros e agências matrimoniais para a interação social. As crianças nessas famílias ampliadas não sentem a falta dos pais que trabalham, porque são cuidadas, atendidas e amadas. O lar de uma família ampliada nunca está vazio. Não existe, assim, o sentimento de culpa que o pai que trabalha muitas vezes tem numa organização familiar unicelular. A tragédia, mesmo o divórcio, não é tão debilitante tanto para adultos como para crianças, uma vez que a unidade social maior absorve as consequências com muito mais facilidade do que numa organização familiar nuclear.
A afastamento da coesão, que a família usufruía antes na sociedade ocidental, a ascenção de estilos familiares alternativos menores, acompanhado do individualismo que muitas feministas defendem, ou pelo menos praticam, são contrários aos costumes e tradições islâmicos profundamente enraizados. Se o feminismo no mundo muçulmano escolher patrocinar os modelos familiares ocidentais, isto deve ser, e certamente será, fortemente desafiado pelos grupos de mulheres muçulmanas e pela sociedade islâmica como um todo.
INDIVIDUALISMO X A ORGANIZAÇÃO MAIS AMPLA
O apoio tradicional da organização familiar ampla e interrelacionada é correlato a uma outra tradição islâmica que parece ser a contrapartida a tendências recentes no ocidente e na idelogia feminista. O Islam e as muçulmanas geralmente defendem moldar metas e interesses individuais em prol do grupo maior e de seus membros. Ao invés de abraçar objetivos individuais, o Islam incute em seus adeptos o sentido de seu lugar dentro da família e de sua responsabilidade para com aquele grupo. Os muçulmanos não percebem isto como uma repressão ao indivíduo. Outras tradições, que serão discutidas mais tarde, garantem a personalidade legal e jurídica do indivíduo. O feminismo, portanto, não será patrocinado pela mulher muçulmana como um objetivo a ser perseguido, sem respeito pela relação da mulher com os outros membros de sua família. A mulher muçulmana olha para os seus objetivos pessoais sempre tendo em mente as metas de seu grupo familiar. O individualismo exaltadom muitas vezes experienciado na vida contemporânea, que trata as metas do indivíduo apartadas de outros fatores, ou como meta suprema, está na contra-mão da profunda preocupação islâmica com a interdependência social.
DIFERENCIAÇÃO DOS PAPÉIS DO HOMEM E DA MULHER
Um terceira tradição islâmica, que afeta o futuro de qualquer movimento feminista num ambiente islâmico, é que ele especifica uma diferenciação dos papéis e responsabilidades do homem e da mulher na sociedade. O feminismo, conforme apresentado na sociedade ocidental, geralmente nega qualquer diferenciação e, pelo contrário, tem feito um movimento em direção a uma “sociedade unisex”, na qual um único conjunto de regras e interesses é preferido e avaliado por ambos os sexos e perseguido por todos os membros da sociedade, independentemente das diferenças de sexo e de idade. No caso do feminismo ocidental, as metas preferenciais foram aquelas tradicionalmente desenvolvidas pelos membros masculinos da sociedade. As regras de prover a manutenção financeira, do sucesso na carreira e a da tomada de decisões assumiram uma importância e preocupação tão esmagadoras que aquelas que lidam com as questões domésticas, com as crianças, com o apoio estético e psicológico, com as interrelações sociais, foram desvalorizadas e até mesmo desprezadas. Tanto o homem como a mulher foram forçados a se adaptar a um modelo que talvez seja muito mais restritivo, rígido e coercitivo do que o modelo que anteriormente atribuía papéis específicos para eles.
Esta é uma nova espécie de chauvinismo masculino, com o qual as tradições islâmicas não se conformam. O Islam, pelo contrário, sustenta que ambos os tipos de papéis são igualmente merecedores de respeito e que, quando acompanhados da igualdade exigida pela religião, uma divisão de trabalho entre os sexos é geralmente benéfica para todos os membros da sociedade.
Isto pode ser olhado pelos feministas como uma porta aberta para a discriminação, mas como muçulmanos, percebemos as tradições islâmicas como uma postura clara e inequívoca de apoio à igualdade entre homens e mulheres. O Alcorão afirma que para Deus não existe qualquer diferença entre os sexos:
“Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnifíca recompensa.” (Alcorão 33:35)
“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das suas ações.” (Alcorão 16:97)
É apenas em relação a cada um e à sociedade que se faz a diferença – a diferença de papel ou função. Os direitos e responsabilidades de uma mulher são iguais aos do homem, mas não necessariamente idênticos a eles. Igualdade e identidade são duas coisas diferentes, afirmam as tradições islâmicas – a primeira é desejável e a última não. Portanto, numa organização multidisciplinar, homens e mulheres são complementares um do outro, ao invés de competidores, como numa sociedade unidisciplinar.
Contudo, a igualdade exigida pelas tradições islâmicas tem que ser vista em seu contexto mais amplo, se quisermos que seja compreendida adequadamente. Na medida em que os muçulmanos olham a diferenciação dos papéis como natural e desejável na maioria dos casos, as responsabilidades econômicas do homem e dos membros femininos se diferenciam, a fim de propiciar um equilíbrio nas diferenças físicas entre homens e mulheres e por causa da responsabilidade maior que a mulher carrega, no que se refere à reprodução e às atividades de criação e educação, tão necessárias ao bem estar da sociedade.
Assim, afirmar que os homens da família são responsáveis pelo sustento econômico das mulheres, ou que as mulheres não são igualmente responsáveis, não é um impedimento ou uma negação da igualdade de sexos. Pelo contrário, é uma obrigação a ser cumprida pelos homens, como uma compensação por uma outra responsabilidade que envolve uma habilidade específica das mulheres. Igualmente, os diferentes percentuais para homens e mulheres na herança, que muitas vezes é citado como um exemplo de discriminação contra a mulher, não pode ser visto como uma prescrição isolada. Não é senão uma parte de um sistema abrangente, no qual as mulheres não têm a responsabilidade legal de prover os outros membros da família, enquanto que os homens são compelidos, por lei, a sustentar todos os seus parentes femininos.
Mas, isto quer dizer que as tradições islâmicas necessariamente prescrevem a manutenção do “status quo” nas sociedades islâmicas existentes hoje em dia? A resposta é um “NÃO” definitivo. Muitos pensam que os muçulmanos, tanto homens como mulheres, acham que suas sociedades não preenchem os ideais e as tradições baixadas pelo Alcorão e reforçados pelo exemplo e diretivas do Profeta Mohammad (SAW). Foi relatado no Alcorão, e é fato histórico, que as mulheres não só podiam expressar suas opiniões livremente na presença do Profeta como também questionavam e participavam de discussões sérias com o Profeta e com outros líderes muçulmanos da época.
“Em verdade, Deus escutou a declaração daquela que discutia contigo, acerca do marido, e se queixava (em oração) a Deus. Deus ouviu vossa palestra, porque é Ouniouvinte, Onividente.” (Alcorão 58:1)
Também sabemos de mulheres que se mantiveram em oposição a certos califas, que mais tarde acabaram se rendendo aos sólidos argumentos apresentados por elas. Um caso específico aconteceu durante o califado de Umar ibn al-Khattab. O Alcorão reprovou aqueles que achavam que as mulheres eram inferiores aos homens (16:57-59), e repetidamente enfatiza a necessidade de que homens e mulheres sejam tratados com equidade. (2:228, 23l, 4:19 e outros). Portanto, se as muçulmanas sentirem qualquer tipo de discriminação em qualquer lugar ou tempo, a culpa não é do Islam e sim da natureza não islâmica de sua sociedade, e do fracasso dos muçulmanos em atender às suas diretrizes.
CONDIÇÃO LEGAL INDEPENDENTE
Uma quarta tradição que afeta o futuro do feminismo nas sociedades muçulmanas é a condição legal independente para as mulheres, conforme exigido no Alcorão e na Shari’ah. Todo indivíduo muçulmano, seja homem ou mulher, tem uma identidade separada, do berço ao túmulo. Esta personalidade legal separada prescreve para a mulher o direito de contratar, conduzir negócios, ganhar e possuir propriedades indenpendemente. O casamento não produz qualquer efeito sobre sua condição legal, propriedades, ganhos, ou até sobre o seu nome. Se ela cometer qualquer crime, sua penalidade não é maior ou menor do que a de um homem em situação semelhante. (Alcorão 5:83, 24:2) Se ela sofrer ofensa ou injúria, ela recebe uma compensação da mesma forma que o homem (4:92-93). Assim, como vemos, a exigência feminista por uma condição legal separada para as mulheres já é parte das tradições islâmicas
POLIGINIA
Embora a possibilidade do casamento com mais de uma esposa seja comumente denominado de poligamia, a designação sociológica mais correta é poligina. Esta instituição é provavelmente a tradição islâmica mais incompreendida e veemente condenada por não muçulmanos. É uma daquelas tradições que Hollywood estereotipa ao ridicularizar a sociedade islâmica. A primeira imagem que vem à mente do ocidental, quando a questão do Islam e do casamento é abordada, é a da religião que defende a tolerância sexual dos membros masculinos da sociedade e a subjugação de suas mulheres a essa instituição.
A tradição islâmica, na verdade, permite ao homem ser casado com mais de uma mulher ao mesmo tempo. Esta tolerância foi estabelecida pelo Alcorão (4:3). Mas, o uso e a percepção desse instituto está longe do estereótipo hollywoodiano. A poliginia certamente não é imposta pelo Islam; nem é uma prática universal. Pelo contrário, é vista como a exceção da norma da monogamia e o seu exercício é fortemente controlado pelas pressões sociais. Se for utilizado pelo muçulmano para facilitar ou legitimar a promiscuidade sexual, não é menos islamicamente condenável do que a poliginia em série e o adultério e não menos nocivo para a sociedade. Os muçulmanos vêem a poligina como uma instituição que deve ser praticada somente sob certas circunstâncias extraordinárias. Como tal, não deve ser vista pela muçulmana como uma ameaça. As tentativas do movimento feminista no sentido de erradicar este instituto, a fim de melhorar a condição das mulheres, não encontrará, consequentemente, muita simpatia ou apoio.
DIRETIVAS PARA O MOVIMENTO FEMINISTA NUM AMBIENTE ISLÃMICO
O que pode ser aprendido sobre a compatibilidade ou não do feminismo num ambiente muçulmano, à vista das tradições islâmicas? Existem alguns princípios gerais a serem alcançados, ou diretrizes a serem tomadas por aqueles que trabalham pelos direitos das mulheres e pelos direitos humanos no mundo?
INCOMPATIBILIDADE INTERCULTURAL DO FEMINISMO OCIDENTAL
O primeiro e mais importante princípio parece ser o de que muitos dos objetivos do feminismo foram concebidos numa sociedade ocidental e não são necessariamente relevantes, ou, pelo menos, não ultrapassam as fronteiras culturais. O feminismo, como um movimento ocidental originado na Inglaterra durante o século XVIII, tinha como uma de suas mais importantes metas a erradicação das incapacidades legais impostas às mulheres pela lei inglesa. Essas leis eram especialmente discriminatórias para com as mulheres casadas. Elas derivavam em parte de fontes bíblicas (por exemplo, a idéia de homens e mulheres tornando-se “uma carne” e a atribuição de uma natureza inferior e maléfica à Eva e a todas as suas descendentes), e em parte de costumes feudais (por exemplo, a importância de fornecer braços para as batalhas e a consequente desvalorização da contribuição feminina para a sociedade). A Revolução Industrial e a necessidade da contribuição da mulher para a força de trabalho, acabou fortalecendo o movimento feminista e ajudando seus defensores a gradualmente derrubarem a maior parte daquelas leis discriminatórias.
Uma vez que a história e a herança dos povos muçulmanos foram radicalmente diferentes da história européia e americana, o feminismo que conclama as muçulmanas, e a sociedade de um modo geral, precisa ser proporcionalmente diferente. Aqueles direitos que as mulheres ocidentais buscaram ao reformar a lei ordinária inglesa, já estavam garantidos à mulher muçulmana desde o século VII. Esta luta, portanto, tem pouco a ver com a mulher muçulmana. Além disso, seria inútil tentar nos interessar por idéias ou reformas que são diametralmente opostas às tradições que formam uma parte importante de nossa herança cultural e religiosa. Haveria muita oposição a quaisquer mudanças nas leis sobre a condição pessoal muçulmana, uma vez que elas incorporam e reforçam as verdadeiras tradições que estivemos discutindo. Em outras palavras, se o feminismo tiver êxito num ambiente islâmico, deve ser uma forma nativa de feminismo, ao invés do feminismo concebido e alimentado em um ambiente alienígena, com diferentes problemas e diferentes soluções e objetivos.
UMA FORMA DE FEMINISMO ISLÂMICO
Se as metas do feminismo ocidental não são viáveis para a mulher muçulmana, qual a forma que um movimento feminista deve ter para ter êxito?
Acima de tudo, o movimento precisa reconhecer que no ocidente a principal corrente do movimento feminista viu na religião um dos principais inimigos de seu progresso e bem-estar. As muçulmanas têm nos ensinamentos do Islam o seu melhor amigo e aliado. As prescrições que são encontradas no Alcorão e nos exemplos do Profeta Mohammad (SAW), são vistas como o ideal para o qual a mulher contemporânea quer retornar. As mulheres muçulmanas percebem que não é o Islam, ou as suas tradições, a fonte de todas as dificuldades experimentadas hoje, mas sim certas intromissões ideológicas alienígenas sobre nossas sociedades, a ignorância e a distorção do verdadeiro Islam, ou a exploração por indivíduos dentro da sociedade. É a falta de avaliação destes fatos que causaram tal incompreensão e aflição mútua, quando representantes do movimento feminista do ocidente visitaram o Irã, antes e depois da revolução islâmica.
Em segundo lugar, qualquer feminismo que queira ter êxito num ambiente islâmico não pode trabalhar unica e exclusivamente pelos interesses das mulheres. As tradições islâmicas preceituam que o progresso das mulheres será alcançado através da luta maior que beneficia a todos os membros da sociedade por igual. O bem do grupo ou da totalidade é sempre mais decisivo do que o bem de qualquer setor da sociedade em particular. Na verdade, a sociedade é vista como um todo orgânico, no qual o bem-estar de cada membro ou órgão é necessário para a saúde e bem-estar de todo organismo social. As circunstâncias desvantajosas das mulheres serão sempre contrariadas, em conjunto com a tentativa de aliviar aqueles fatores que adversamente afetam os homens e os outros segmentos da sociedade.
Em terceiro lugar, o Islam é uma ideologia que vai muito além da vida ritual de uma pessoa. É igualmente atuante sobre a vida social, política, econômica, psicológica e estética. O “din”, que normalmente é visto como o equivalente para o termo “religião”, é um conceito que inclui, além daquelas práticas e idéias comumente associadas à religião, um amplo espectro de práticas e idéias que atuam em quase todos os aspectos da vida diária do muçulmano. O Islam e as tradições islâmicas, portanto, são vistas hoje, por muitos muçulmanos, como a fonte principal de coesão para fomentar uma identidade e estabilidade, a fim de que a intromissão de influências alienígenas possam ser enfrentadas, assim como para formar a cooperação necessária para resolver seus inúmeros problemas contemporâneos. Ignorar este fato, ou não avaliar corretamente a sua importância para a média dos muçulmanos – seja homem ou mulher – seria condenar ao fracasso certo qualquer movimento de defesa da melhoria da posição das mulheres em terras islâmicas. Somente através do estabelecimento desta identidade e estabilidade é que a auto-estima pode ser conquistada e um clima mais saudável para os muçulmanos e as muçulmanas emergirá.
Dr. Lois Lamya’ al Faruqi