As Mesquitas e o Seu Papel na Civilização Islâmica

As Mesquitas e o Seu Papel na Civilização Islâmica

As Mesquitas e o Seu Papel na Civilização Islâmica

 

Dr.  Ragueb El Serjani

Tradução: Sh Ahmad Mazloum

 

A Mesquita e seu papel no ensino

 

A história da educação na sociedade islâmica está intimamente associada à mesquita, ela é o principal centro de difusão da cultura islâmica e é um dos principais pontos de ensino. O mensageiro (a paz esteja com ele) fez da mesquita de Al Madinah um local de estudo, onde ele se reunia com os seus companheiros, recitava para eles o que lhe era revelado do Alcorão e ensinava-lhes as regras da religião em palavras e atos. A mesquita permaneceu cumprindo a sua missão na época dos califas probos e continuou assim na época do reinado dos Omíadas e dos Abássidas e, posteriormente, quando os cientistas interpretavam os versos do Alcorão Sagrado, e os muhaddithun (compiladores dos dizeres do profeta - a paz esteja com ele) narravam os ditos do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele). Entre eles Imam Malik ibn Anas. Assim também era a Mesquita de Damasco, um importante centro cultural, no qual se formavam oficinas de ciência[1], e tinha vários pontos usados pelos alunos para copiar e ler. Al Khatib Al- Baghdadi[2]  tinha uma grande círculo no qual ensinava, e no qual as pessoas se reuniam para ouvi-lo todos os dias[3].

As reuniões de aprendizagem

Os companheiros do profeta (a paz esteja com ele) tinham círculos de conhecimento (reuniões de aprendizagem) na mesquita do profeta (a paz esteja com ele). Makhul narra que um homem disse: “Estávamos sentados no círculo de Omar ibn Al Khattab na mesquita de Al Madinah discutindo as virtudes do Alcorão, então foi citado o assunto da maravilha de “Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso”[4].

E Abu Hurairah tinha um círculo na mesquita do profeta (a paz esteja com ele), onde ensinava o hadith (os ditos) do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele). Esta reunião refletia a amplitude da memória de Abu Hurairah e seus sentimentos sinceros para com o profeta (a paz esteja com ele). Um homem se encontrou com Muáuiah e disse:

          Passei por Al Madinah, e encontrei Abu Hurairah sentado na mesquita e ao redor dele um círculo de pessoas para as   quais ele falava. Ele disse: O meu íntimo Abul Qassem me disse... em seguida ele refletia e chorava. Em seguida, voltou a dizer: “O meu íntimo, o profeta de Allah Abul Qassem me disse...” e chorou. Então, se levantou!”[5].

Abu Ishaq Assubaií qualificou a organização científica das reuniões do companheiro do profeta (a paz esteja com ele) Al Baraá ibn Ázib dizendo: “Sentávamos na reunião de Al Baraá, um atrás do outro”[6]. Este é um texto que também nos indica o tamanho deste círculo. E também, das reuniõs conhecidas naquela época na mesquita do profeta (a paz esteja com ele), temos a reunião do Jabir ibn Abdullah Al Anssari[7].

Muázh ibn Jabal tinha uma reunião famosa na mesquita de Damasco. Abu Idriss Al Khaulani a qualificou dizendo: “Entrei na mesquita de Damasco, encontrei um jovem de face iluminada e de longa quietude. E vi as pessoas ao seu redor, quando divergiam em alguma questão seguiam a sua opinião. Eu perguntei sobre ele e me foi dito: ‘Este é Muázh ibn Jabal’”[8].

Por isso, as reuniões de ciência nas mesquitas eram iguais à organização de ensino superior atualmente. E todos os grupos da sociedade islâmica zelavam em procurar o conhecimento, até mesmo os sábios e a elite  compareciam a estes pontos de ensino. Ibn Kathir citou que quando Ali ibn Hussain entrava na mesquita ultrapassava as pessoas até poder sentar na reunião de Zaid ibn Asslam, então Nafií ibn Jubair ibn Mut´ím disse-lhe: “Que Allah te perdoe! Tu és senhor entre as pessoas e o senhor de Quraish, chega passando pelos círculos dos sábios para sentar com este servo negro?! Ali ibn Hussain respondeu: “O homem sentasse tão somente onde se beneficia, e o conhecimento é buscado onde estiver”[9].

 

As mais famosas reuniões de aprendizagem

Muitas reuniões ficaram famosas na história islâmica, a mais famosa reunião na Mesquita Sagrada era de Abdullah ibn Ábbass. Quando ele morreu, esse círculo de ensino passou para Átaá ibn Abi Rabah[10].

A idade do professor não era considerada nestas reuniões, porém era observado o seu conhecimento e sua devoção. Al Hafizh Al Fassaui (falecido em 280 d.H.) cita que um dos participantes das reuniões científicas nas mesquitas disse: “Conheci esta mesquita e o que ela tem de círculos científicos, al fiqh (entendimento da religião) só era citado no círculo de Musslim ibn Iassar. E havia junto com ele pessoas que eram maiores que ele, porém este círculo era atribuído a ele”[11].

Os professores às vezes solicitavam quem tinha experiência e conhecimento profundo. Ibn Assakir[12] cita que viu Abu Idriss Áizhullah ibn Abdullah Al Khaulani[13] na época de Abdul Malik ibn Marwan, enquanto se lia e se ensinava o Alcorão nas reuniões da mesquita em Damasco, Abu Idris sentava-se frente a uma de seus pilares. Sempre que passavam por um versículo que tem prostração o solicitavam para que ele o recitasse. Eles faziam silêncio enquanto ele recitava, fazia a prostração e eles faziam a prostração com ele. Às vezes, fazia doze prostrações e, quando terminavam a leitura, Abu Idris falava[14].

Não ficamos tão admirados com esta história ao sabermos que Abu Idris Al Khaulani era o homem mais sábio na matéria de leituras do Alcorão em Damasco, por isso, os professores em Damasco se constrangiam de ler um versículo de prostração enquanto Abu Idris estava ao lado deles ouvindo. Eles o faziam participar em suas aulas como forma de homenageá-lo, engrandecer o seu conhecimento e se beneficiar dele.

Por causa da fama destas reuniões, muitos alunos se dirigiam até elas de todo o mundo islâmico. O círculo de Nafií ibn Abdurrahman Al Qarií[15]  na mesquita do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) era um dos mais famosos na leitura e ensino do Alcorão. Os alunos vinham de todas as partes. Al Imam Uarsh Al Massri[16] relata a sua experiência na reunião do Imam Nafií na mesquita do profeta (a paz esteja com ele):

          Sai do Egito para recitar (o Alcorão) frente a Nafií. Quando cheguei a Al Madinah fui à mesquita de Nafií, então, vi que é impossível ler para ele tamanha é a quantidade dos alunos, e ele só ouvia de trinta alunos. Então, eu sentei atrás do círculo e perguntei a uma pessoa: “Quem é a pessoa mais próxima de Nafií?” Respondeu: “O maior dos    jaáfariin”. Eu disse: “Como posso chegar até ele?”. Respondeu: “Eu vou contigo até a sua casa”. Então, fomos até a casa dele, um homem idoso saiu, e eu disse: “Eu sou do Egito, vim para ler para Nafií e não consegui chegar até ele, e fui informado que tu és das pessoas que tem mais crédito com ele, gostaria que tu fosses o meu caminho até ele”. O homem disse: “Sim, com toda honra”. Ele vestiu seu turbante e foi conosco até Nafií, que tinha duas alcunhas (Abu Ruaim e Abu Abdilléh) com qualquer que fosse chamado atendia. O Jaáfari disse: “Esta é minha intercessão a ti, veio do Egito, não veio a comércio e nem para o hajj, veio exclusivamente para ler (o Alcorão)”. Ele respondeu: “O que acha que irei ter da reação dos filhos dos muhajirin e dos anssar?”. O homem disse: “Encontre uma saída para ele”. Nafií perguntou: “Você pode dormir na mesquita?”. Eu disse: “Sim”. Então, dormi na mesquita e, quando era o horário da alvorada, Nafií chegou e disse: “O que fez o forasteiro?”. Eu disse: “Estou aqui, que Allah tenha misericórdia de ti”. Ele disse: “Você tem prioridade na leitura”. Eu tinha uma bela voz e era de boa  leitura, quando iniciei minha voz preencheu a mesquita do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele), li trinta versículos e, quando ele fez um sinal, parei. Um jovem se levantou e disse: “Professor – que Allah te conceda a glória – nós estamos contigo, e este homem é forasteiro, e viajou apenas para ler frente a ti, eu quero ceder o meu décimo (úshr) a ele”. O professor disse: “Sim, com toda honra”. Então, eu li mais um décimo, e outro garoto se levanto disse igual ao primeiro, então eu recitei e sentei e, quando não havia mais ninguém que tinha recitação para fazer, ele me disse: “Leia”. Então, ele ouviu de mim cinquenta versículos, e continuei a ler para ele de cinquenta em cinquenta até que li várias vezes o Alcorão inteiro antes de sair de Al  Madinah[17].

Este relato deste esforçado aluno conhecido como Al Imam Uarsh nos dá uma clara imagem dos círculos científicos no segundo século após a hijrah, uma imagem cheia de empenho, suportar de dificuldades durante a viajem do Egito para Al Madinah para aprender a recitação do Imam de Al Madinah, Al Imam Nafií. Da mesma forma, esse relato também reflete a relação sincera cheia de respeito e apreço entre o professor e os seus alunos e, também, define que o dia letivo no círculo do Imam Nafií tinha início logo depois da oração da alvorada.

As reuniões científicas eram muitas por causa da especialização de cada reunião em uma ciência. Muitas reuniões também eram muito numerosas, fato que chamava a atenção de quem se dirigia até elas. Isso ocorreu com o Imam Abu Hanifah Annu´man, que disse:

          Eu nasci no ano oitenta, realizei o hajj com meu pai no ano noventa e seis, quando tinha dezesseis anos. Quando entrei  na Mesquita Sagrada vi uma grande reunião. Perguntei ao meu pai: “De quem é esta reunião?”. Ele disse: É a reunião de Abdullah ibn Juz´ Al-Zubaidi, companheiro do profeta (apaz esteja com ele). Então, me adiantei e ouvi ele dizer: “Ouvi o mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) dizer: ‘Quem buscar o conhecimento da religião de Allah, Allah lhe bastará a sua preocupação, e o sustentará por onde não supõe...’”[18].

Na mesquita de Bagdá havia mais de quarenta reuniões, e todas se reduziram à reunião do Imam Asshafií por causa de seu amplo conhecimento. Azzajjaj[19], um sábio linguístico conhecido, narra que “quando Asshafií chegou a Baghdad (Bagdá) havia na mesquita quarenta ou cinquenta e algumas reuniões. Ele sentava em cada reunião e dizia: “Disse Allah”, “disse o mensageiro de Allah” (a paz esteja com ele) enquanto eles diziam: “Nossos companheiros disseram”. Até que não sobrou na mesquita outra reunião além da dele”[20].

Assim também aconteceu no Egito, onde Al Imam Asshafií se encontrava com os alunos na mesquita de Ámr ibn Al Áss.

Além disso, algumas mesquitas ficaram famosas por ensinarem variadas ciências, e alguns professores se especializavam no ensino em tais ciências, e as autoridades também nomeavam alguns professores. Era do direito do povo se opor às reuniões científicas que não eram compatíveis com a sociedade e com a situação pela qual passava entre infortúnios e acontecimentos, porque a prioridade de chamar a atenção das pessoas sobre a realidade delas e sobre aquilo que os beneficia no momento é mais importante que qualquer outra coisa. Ahmad ibn Said Al Umaui disse:

          Eu tinha um círculo científico quando estava em Makkah, os literários se reuniam comigo na Mesquita                                        Sagrada quando, certo dia (durante o califado de Al Muhtadi - falecido em 256 d.H.), enquanto estávamos a                              discutir algo sobre gramática e nossas vozes se elevaram, um homem muito simples parou diante de nós, nos                            observou e disse:

          Não tens vergonha ó fontes de ignorância, estai ocupados com isso e as pessoas estão com a mais alarmante das                      preocupações.

          Vosso imam está morto e preso, e a nação islâmica tornou-  se dividida,

          E vós permaneceis a discutir em voz alta, sobre poemas e gramática.

          O homem saiu e nós nos dispersamos amedrontados pelo que ouvimos, e memorizamos este poema”[21].

A razão deste poema foi que este homem queria chamar a atenção dos sábios e cientistas sobre o que está acontecendo na sociedade. Havia uma grande luta na capital, Bagdá, entre os líderes turcos e entre a autoridade do califado, que era liderado por Al Muhtadi, então ele queria que todos participassem fortemente nas ocorrências da sociedade ao redor deles.

As reuniões de Abul Ualid Al Baji[22] ficaram famosas em todas as regiões da Andaluzia depois de sua viajem ao Oriente, quando ele ganhou uma personalidade de memorizador e muhaddith (relator dos ditos do profeta (a paz esteja com ele)), e se qualificou merecidamente para ser o imam dos muhaddithin na Andaluzia, ficou famoso e foi convidado a debater com Ibn Hazm sobre a escola maliki. Ele residiu em Andaluzia e lecionou em Sevílha e em Murcia. Ele mesmo disse: “Naquela época, eu tinha uma reunião na mesquita do local onde eu residia, onde se reuniam comigo para estudar Al muattá...”. Uma grande multidão também ouviu dele sahih al Bukhari em Dania, e no mês de rajab (463 d.H.) em Zaragoza, e no ano 468 d.H. na mesquita de Rahbat al Qadhi em Valência, e em outras cidades. Dos fatos que destacam a posição de Abul Ualid Al Hafidh: a competição dos alunos do hadith do Oriente e do Ocidente e sua corrida para aprender com ele. Muitos deles viajavam até ele de regiões muito distantes, isso sem contar as regiões mais próximas dentro e fora de sua cidade: Sevílha, Lisboa, Randa, Valência, Baghdad, Tudela, Aleppo, Daniah, Tartushah, Toledo, Al Kufah, Lurqa, Málaga, Sagunto, Murjiq, Murcia...” [23].

As mulheres tiveram um papel no ensino, nas reuniões de aprendizagem nas mesquitas. As fontes históricas registraram dezenas de professoras que tiveram sessões especiais. Um Al-Darda, cujo nome é Hujayman bint Huyay, teve uma sessão na mesquita de Damasco. Ela narrou sob a autoridade de Abu Al-Dardá, Salman Al-Farisi e ibn Fudalah ibn Ubaidah (que Allah esteja satisfeito com eles). Abdul-Malik ibn Marwan aprendeu com ela e assistia suas aulas regularmente, mesmo depois de se tornou califa.

          Ele costumava sentar-se no final da mesquita em Damasco. Ela disse a ele: “Ouvi dizer que você começou a beber vinho  após a adoração e cultos”. Ele disse: “Sim, por Deus, e eu bebia sangue também”. Então, um menino, que ele mandou fazer algo, voltou. Marwan disse: “O que te atrasou?  Que Allah te amaldiçoe!” Um Al-Dardá disse: “Não faça isso, ó emir   dos crentes, eu ouvi Abu Al-Dardá dizer: "Eu ouvi o Mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) dizer: ‘O amaldiçoador não entrará no Paraíso’”.[24]

Ibn Battuta disse também que ele aprendeu Sahih Muslim na Mesquita dos Omíadas em Damasco com a sheikh professora Zainab bint Ahmad ibn Abdul-Rahim (falecida em 740 d.H.). Ele também teve um certificado da professora Aisha bint Muhammad ibn Muslim Al-Harrani (falecida em 736 d.H.), que ensinava o livro de Fada'il Al-Awqat (As virtudes dos tempos), de autoria de Al-Imam Al-Bayhaqi.[25]

Estudantes de todos os lugares frequentavam estas mesquitas, onde todos os meios foram fornecidos para que eles continuem seus estudos e se dedicassem neles. Eles eram pagos, tinham alojamentos construídos exclusivamente para eles[26]. Dentre estas mesquitas, que eram semelhantes às universidades atuais:

 

          - Mesquita dos Omíadas em Damasco,

          - Mesquita de Amr Ibn Al-As em Al-Fustat, no Egito.

          - Mesquita Al-Azhar, no Egito.

          - Mesquita de Al-Zaytunah, na Tunísia.

          - A Mesquita de Al-Qarawiyin, em Fez, no Marrocos.

 


[1] Abdullah Al Mashukhi: Mawqif Al Islam Al wa Kanisah min Al Ilm (A posição do Islão e da igreja sobre o conhecimento), p. 54.

[2] Al Khatib Al Baghdadi: Ele é Ahmad ibn Ali ibn Thabit Al Baghdadi (392-463 d.H. / 1002-1072 d.C.), um proeminente historiador, conhecer a literatura, escrevendo poesia, e os interessados em leitura e escrita. Uma de suas obras é Tarikh Bagdá (A história de Bagdá). Veja: Ibn Al Imad: Shazarat Al Zahab (pedaços de ouro) 3/311-313.

[3] Ahmad Shalabi: Tarikh Al Tarbiyah Al Islamiya (História da educação islâmica), p 91.

[4] Ibn Assakir: Dimashq Madinat Tarikh, 7 / 216.

[5] Al Zhahabi: Siyar A'lam Al Nubala (Biografias de figuras proeminentes) 2 / 611.

[6] Al Khatib Al Baghdadi: Al Jami li Akhlaq Al Rawi wa Adab Al Sami (A Conduta do narrador e o Comportamento do Ouvinte) 1 / 174.

[7] Akram Al Umari: Al Asr Khilafah Al Rashidah, p.278.

[8] Al Faswi: Al Ma'rifah wa Al Tarikh (Conhecimento e história), 2 / 185.

[9] Ibn Kathir: Al Bidayah wa Al Nihayah, 9 / 124.

[10] Idem, 9 / 337.

[11] Al Faswi: Al Ma'rifah wa Al Tarikh (Conhecimento e a História) 2 / 49.

[12] Ibn Assakir: Ele é Abu Al Qasim ibn Ali Al Hussan ibn Al Hibatullah Dimashqi (499-571 d.C./1105-1176 d.H), historiador e viajante. Ele foi o estudioso sênior hadith na região da Síria. Um de seus livros é Tarikh Dimashq Al Kabir (A Grande História de Damasco). Veja: Al Zahabi: Siyar A'lam Al Nubala 21/405.

[13] Abu Idris Al Khawlani: Ele é A'izullah Abdullah ibn Amr Ibn Al Khawlani Al Awdi Al Dimashqi (80-80 d.H./630-700 d.C.), tabi’i (geração que sucedeu a geração dos companheiros do Profeta), imprudente, foi o pregador de Damasco, na era de Abdul Malik. Veja: Al Zirikli: Al Alam 3 / 239.

[14] Ibn Asakir: Tarikh Madinat Dimashq 26/163.

[15] Nafií Al Qarií: Ele é Nafi ibn Abdul Rahman ibn Abu Na'im Madani Al Qarií (morreu em 169 d.H /785 d.C.), um dos sete proeminentes leitores Alcorão.

[16] Warsh: Ele é Uthman ibn Said ibn Uday Al Misri (110-197 d.H./728-812 d.C.), um leitor sênior Alcorão, originalmente de Al Qayrawan. Ele nasceu e morreu no Egito. Veja: Al Zirikli: Al A'lam 4 / 205.

[17] Al Zhahabi: Ma'rifat Al Qurra Al Kibar ala Al Tabaqat wa Al A'sar 1 / 154, 155.

[18] Ibn Al Najjar, Al Baghdadi: Zhail Tarikh Bagdá (Suplemento da história de Bagdá) 1 / 49.

[19] Al Zajjaj: Ele é Abu Ishaq ibn Ibrahim Al Surri ibn Sahl (241-311 d.H./855-923 d.C.), estudioso da gramática e da língua. Ele nasceu e morreu em Bagdá. Um de seus livros é Ma'ani Al Qur'an (Significados do Alcorão) Veja: Al Safadi: Al Wafi bi Al Wafiyat 5 / 228.

[20] Al Mazzi: Tahzib Al Kamal 24/375.

[21]  Al Khatib al-Baghdadi: Tarikh Baghdad 4 / 557, 558.

[22] Abu Al Walid Al Baji: Ele é Sulayman ibn Khalaf ibn Said Al Tajyi Al Qurtubi (403-474 d.H./1012-1081 d.C.), um estudioso, muhaddith (estudioso do hadith) e faqih (jurista) maliki sênior jurisprudenciais. Ele é natural de Badajoz. Ele nasceu em Beja, na Andaluzia. Ele assumiu o poder judiciário. Veja: Al Zirikli: Al A’lam 3 / 125.

[23] Sulayman ibn Khalaf Al Baji: Al Ta'dil wa Al Tajrih 1 / 106.

[24] Ibn Kathir: Al Bidayah wa Al Nihayah 9 / 66.

[25] Ibn Battuta: Viagens de Ibn Battuta, p 70, e Al-Safadi: Al Wafi bi Al Wafiyat 16/348.

[26] Ver: Al Abdullah Mashukhi: Mawqif wa Al Islam Al Kanisah min Al Ilm, p 54.